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Shows da Broadway são isca para atrair mais brasileiros a Nova York
Cidade pretende ampliar número anual de visitantes de 895 mil para 1 milhão até 2016
Nova York resolveu apostar suas fichas nos shows da Broadway para atrair ainda mais turistas brasileiros para a cidade. A marca que o NYC & Company --órgão oficial de promoção do turismo na cidade-- espera alcançar é de 1 milhão de turistas do Brasil, por ano, até 2016.
Para ajudar, trouxe cerca de 30 artistas de seis espetáculos para se apresentarem na noite desta terça-feira (20), no auditório do Ibirapuera, em São Paulo, a um público formado basicamente por agentes de viagem.
Segundo estimativa do NYC & Company, 92% dos brasileiros apontam "compras" como um dos principais motivos da viagem, mas só 57% dizem buscar peças e musicais na cidade.
A ideia é, então, não só atrair mais turistas, mas fazer com que eles gastem mais com entretenimento. Em média, o turista brasileiro deixa US$ 3.000 (cerca de R$ 6.750) em Nova York por viagem, segundo o órgão.
"Acredito que hoje haja mais brasileiros que esperam até o último momento para comprar seus ingressos. O que queremos é estimular as pessoas a comprarem antes os ingressos dos shows que elas realmente querem ver", diz Bob Hofmann, vice-presidente da Broadway Inbound, que promove 25 musicais e peças e também organizou os pocket shows em São Paulo.
Segundo Hofmann, o turista brasileiro geralmente não arrisca na sua primeira vez na Broadway e opta por shows mais conhecidos.
Por isso, o evento terá versões curtas de musicais conhecidos, como "Rei Leão" (em cartaz agora em São Paulo) e "Chicago", mas também de "Kinky Boots", "Pippin", "Stomp" e "Motown".
Com 895 mil turistas em 2013, o Brasil é o terceiro país com mais visitantes em Nova York; Canadá tem 1,1 milhão e Reino Unido, 1 milhão.
A estimativa para 2014 é que o fluxo brasileiro cresça 7,8%, para 965 mil, e chegue a 1 milhão em até dois anos.
Apesar da alta do dólar no segundo semestre de 2013, o número de visitantes do país na cidade cresceu 11% no último ano --aumento superior ao visto pelo total de visitantes estrangeiros.
Para Christopher Heywood, vice-presidente de comunicações da NYC & Company, a redução no tempo para a emissão dos vistos americanos no Brasil teria sido um fator importante no maior fluxo, mas também o perfil do turista do país.
"Os brasileiros são grandes consumidores", afirma.
