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Cai busca por proteção no câmbio, diz Tombini
BC monitora negócios e vê menos demanda
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta quinta-feira (22) que o programa de "swap" cambial, operação equivalente à venda futura de dólares lançada no ano passado para conter a alta do dólar, começou a apresentar menor demanda.
Na declaração, que contribuiu para a alta do dólar horas depois, ele reafirmou que o programa de proteção cambial, com "swap" e linhas de liquidez em moeda estrangeira, tirou a tensão do mercado de câmbio e reduziu a volatilidade do preço dos ativos.
Segundo ele, a instituição constatou a menor demanda por meio do monitoramento que realiza para identificar para onde está sendo canalizada a proteção.
No início do programa, os fundos de investimentos foram importantes demandantes das operações de "swap" e era forte a procura das empresas não financeiras para proteger seus compromissos com o exterior, e dos investidores não residentes para proteger seus ativos no país.
"Mais recentemente, no entanto, temos observado um certo arrefecimento da demanda. Por um lado, os swaps' continuam sendo canalizados para empresas não financeiras e fundos de investimento. E, por outro, os investidores não residentes reduziram ligeiramente a busca por essa proteção."
Tombini lembrou que há exatamente um ano Fed, o banco central americano, anunciou que poderia começar a reduzir seu programa de estímulo, no chamado "tapering", afetando os preços de ativos em países emergentes, mas afirmou que o Brasil tinha fundamentos econômicos e financeiros fortes para absorver o impacto.
RITMO MODERADO
Para o presidente do BC brasileiro, a economia mundial ainda está no início de um processo de transição. Apesar dos sinais de consolidação, segundo ele, a perspectiva é de crescimento moderado para os próximos anos. Estados Unidos e Reino Unido apresentam perspectivas mais sólidas, mas o Japão mantém ritmo de crescimento com programa agressivo de expansão monetária.
"Diante do risco de deflação, permanece a expectativa dos mercados de que o BCE (Banco Central Europeu) adote novas medidas de estímulo no curto prazo", afirmou.
Declarações elevam dólar
folha.com/no1458577