Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Dilma faz reunião de 3 horas para ouvir industriais

Ofensiva do governo procura reconquistar empresários, que reclamam de falta de diálogo e intervencionismo

Presidente deve fazer evento para anunciar prorrogação de desconto de tributo sobre folha de salários

TAI NALON RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff comunicou nesta quinta-feira (22) a representantes de 36 setores da indústria que anunciará, em até uma semana, sua decisão sobre a "perenização" da desoneração da folha de pagamento.

Conforme a Folha antecipou, Dilma já tinha avisado o comércio varejista que não será possível incluir novos setores na política de desoneração da folha de pagamento, mas apenas manter permanente o benefício para aqueles já contemplados.

O ministro Guido Mantega (Fazenda) convidou os presentes para uma reunião no dia 28 sobre o tema.

Reservadamente, empresários foram informados de que, neste dia, pode ser anunciada a decisão de tornar permanente a desoneração, que oficialmente acaba neste ano.

Por meio da medida, empresas deixam de pagar 20% de contribuição sobre a folha de salários e passam a pagar entre 1% e 2% do faturamento, de acordo com o setor.

O governo quer fazer uma solenidade para capitalizar o anúncio da medida, divulgando seus efeitos positivos na manutenção de empregos. Há a possibilidade de que a proposta sofra ajustes.

O presidente da CNI, Robson Andrade, afirmou, após a reunião no Palácio do Planalto, que "não houve compromisso sobre setores contemplados" pela ampliação de prazo da desoneração.

Segundo o presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa, há um processo de "tensionamento dos setores, que não é pequeno", para que haja ampliação do benefício para outras áreas. Hoje há 56 setores contemplados.

Criticada por empresários pela falta de diálogo e pelo excesso de intervencionismo na economia, Dilma ouviu os representantes por cerca de três horas.

Mesmo sem uma sinalização concreta sobre os pleitos apresentados, comprometeu-se, segundo relatos, com políticas para aumentar a competitividade. Ficou acordado que, sob a coordenação dos ministros Mauro Borges (Desenvolvimento) e Guido Mantega (Fazenda), governo e empresários vão detalhar uma agenda de trabalho para fundamentar a modernização do parque fabril, reivindicação antiga da indústria.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página