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Funkeiros criam marcas próprias de 'roupa ostentação'

MCs apostam em lojas virtuais e comércio de rua para vender produtos do estilo em que a ordem é se exibir

Empresa que fabrica e comercializa camisetas, bonés e vestidos em cinco lojas faturou R$ 7,5 milhões em 2013

FILIPE OLIVEIRA DE SÃO PAULO

O cantor de funk MC Gui tem 16 anos, 2,8 milhões de fãs no Facebook, outros milhões de visualizações de vídeos no YouTube e uma loja virtual chamada Stargui que chega a vender R$ 50 mil em camisetas, chinelos e acessórios em um mês.

Ele é uma das principais estrelas do estilo musical funk ostentação, em que artistas vestidos com roupas de grife louvam ícones de consumo. Aproveitando o sucesso, alguns deles estão abrindo empresas para diversificar seus ganhos.

No caso de Gui, ou Guilherme Alves, quem cuida da empresa é seu pai, Rogério Alves, 38. Ele conta que a ideia de negócio surgiu sem grandes pretensões: atender fãs que pediam produtos exclusivos do cantor, como as camisetas com a estampa do colar que é sua marca.

Eles têm ainda uma loja física multimarcas aberta há um ano na zona leste de São Paulo também com o nome Stargui e que vende "as roupas de que o Gui gosta".

Rogério afirma que vai abrir neste ano três estabelecimentos com o nome do filho em shopping centers para vender óculos e relógios --a primeira deve começar a funcionar daqui a 40 dias.

Mas Gui diz que opta por não usar as roupas da própria marca durante seus shows. A preferência dele é por itens de grife. "Essas [da nossa marca] são para as fãs. As que eu uso são mais bonitas."

Já Evandro Lauriano, 28, ou MC Nego Blue, veste as roupas de sua marca, a Black Blue, em suas apresentações e fala dela nas músicas. Ele se uniu a dois sócios, um com experiência na produção de eventos e outro em confecção, para lançar a grife.

A empresa tem cinco lojas próprias e é responsável pela produção de bonés, camisetas e vestidos --um boné custa R$ 150. A empresa faturou R$ 7,5 milhões em 2013.

Apesar do preço das peças, Nego Blue diz que sua intenção é atrair públicos de diferentes classes sociais.

"Hoje mudou tudo. Há alguns anos, um pai de família não comprava um carro. Hoje o cara quer comprar um tênis de R$ 800, parcela em não sei quantas prestações, mas paga", afirma.

O MENTOR

Bio G3, ou Cléber Passos Alves, 30, é considerado precursor do estilo musical. Ele estourou na internet cantando a música "Bonde da Juju" em 2008 com o MC Backdi.

Depois de passar anos fazendo três shows por noite, diminuiu o ritmo, conciliando a carreira de artista com a de empresário de dez MCs, entre eles o Nego Blue.

Para isso, criou a empresa Nóis Por Nóis em 2012. Ele cuida da parte artística e de vendas e um sócio fica responsável pela administração. O negócio fatura cerca de R$ 12 milhões por ano.

Ele fica com uma porcentagem de 30% a 50% do valor pago aos artistas, cujos cachês podem variar de R$ 2.000 a R$ 80 mil.


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