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Vestir artistas gera aproximação com fãs

DE SÃO PAULO

O sucesso do funk ostentação e da moda relacionada a ele tem levado pequenas empresas a vestir os artistas para serem notadas pelos fãs.

Flávio Cunha Stancati, 23, diretor da Egosss, fundada há um ano e meio, diz que a ideia é produzir "um novo conceito em ostentação". "Colocamos um dourado diferente nas roupas. Queremos aumentar o ego das pessoas."

Ele afirma que a empresa faturou cerca de R$ 500 mil no ano passado. A maior parte do movimento é resultado da publicidade feita por MCs como Gui, Léo e Bio G3. Segundo Stancati, os artistas usam a roupa por gosto --não há um patrocínio financeiro.

As peças podem custar R$ 80 no caso de camisetas e até R$ 250 nos calçados.

Com uma loja no bairro de Guaianases, na zona leste de São Paulo, a empresa também vende pela internet e tem produtos em estabelecimentos multimarcas. Há planos de abrir mais quatro unidades neste ano.

Já a Kings, rede com sete lojas que está no mercado desde 2000 e se especializou principalmente em vender tênis, teve aumento entre 15% e 20% após passar a atuar com os MCs, conta Igor Morais da Cruz, 32, presidente da empresa.

Ele diz ter sido um dos idealizadores do estilo do MC Guimê, que atualmente canta o tema de abertura da novela das 19h da Rede Globo.

"Ele me pediu uma ajuda para mudar de visual. Os funkeiros gostavam de marcas de surfe, mas eu falei que o caminho era a moda do city wear' que os rappers usam", afirma Cruz.

A proximidade com os artistas o levou a desenvolver bonés e camisetas com duas marcas próprias, uma com o nome da loja e outra chamada Milionários.

Ele diz que a parceria com os artistas é principalmente para a divulgação.

"Temos uma fan page' com 300 mil seguidores. Ajudamos a vender festas, divulgamos músicas novas deles e eles usam as roupas e falam da marca", conta.

Mas ele diz que, apesar do bom resultado, é importante manter a empresa forte independentemente do estilo musical. "A Kings já tinha um público fiel e o funk veio para somar. Não posso me rotular com nada, depender do funk, do rap, de nada."

Marcos Bedendo, professor da ESPM, diz que o patrocínio a artistas pode ser interessante quando a marca tem alguma identificação com o mesmo público do estilo musical. "O que não recomendo é que a pessoa queira aproveitar a onda e distorça o conceito da própria grife."


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