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Serviços avançam, mas varejo encolhe

Índices de confiança do comércio e de otimismo dos consumidores são os menores desde a crise de 2009

Bancos, seguradoras e transporte e armazenagem garantem expansão de 0,4% para serviços

DO RIO

O consumo mais fraco afetou o comércio, segmento que tem o maior peso no grande setor de serviços, com participação de 13% na economia do país. As vendas caíram principalmente no varejo.

No total, o comércio caiu 0,1% no primeiro trimestre, sobre trimestre anterior.

Foi o pior resultado desde o segundo trimestre de 2012.

Até pelos dados mensais do comércio, nota-se que o varejo deu "uma boa desacelerada", segundo Rebecca Palis, gerente do IBGE.

"Essa queda é compatível com o menor consumo das famílias e indica que a perda está mais ligada ao varejo do que ao atacado", disse.

O setor vê cenário ainda mais sombrio e revê previsões para baixo a partir do dado do PIB do primeiro trimestre.

As expectativas só se deterioram, segundo Sondagens da FGV com comerciantes.

CONFIANÇA EM BAIXA

Os índices de confiança do comércio são os menores desde a crise de 2009, e o mesmo acontece com os índices de otimismo de consumidores.

"Há uma piora expressiva, especialmente na confiança de ramos como automóveis e material de construção. Alguns que vinham bem também já se mostram menos otimistas, como eletrodomésticos. Muitos consumidores anteciparam as compras de TVs para a Copa", diz Aloísio Campelo, da FGV.

Para Fábio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio, a desaceleração do comércio já vem se desenhando desde o ano passado e tende a se intensificar ao longo deste ano.

O principal impacto negativo sobre o setor, diz, é a inflação alta, que retira poder de compra das famílias. Pesam ainda, em sua avaliação, juros maiores, crédito caro e inadimplência.

De janeiro a março, o comércio apresentou crescimento de 2,2% ante igual período de 2013. As vendas de televisores ajudaram muito, mas em abril e maio já não se viu tal tendência.

A expansão do PIB comercial em comparação com igual período do ano anterior também perdeu fôlego. No quarto trimestre de 2013, a expansão havia sido de 3,5% sobre igual período de 2012.

SERVIÇOS AVANÇAM

Sustentado pelo desempenho melhor de bancos, seguradoras e o ramo de transporte e armazenagem, o setor de serviços, o de maior peso na economia, avançou 0,4% de janeiro a março frente ao quarto trimestre.

Mais vinculada às famílias, a categoria de outros serviços (alimentação, hotéis, turismo, saúde e educação privadas e outros), porém, registrou uma perda de 0,7%.

A agropecuária, apesar da seca, ainda cresceu num ritmo bom (3,6%) e surpreendeu analistas. A atividade foi impulsionada pelas safras de soja, arroz e algodão. (PEDRO SOARES E SAMANTHA LIMA)


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