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Poupança para pagar juros soma R$ 17 bi

Resultado se refere a abril; no quadrimestre, superavit equivale a 2,6% do PIB, ante 2,7% em igual período em 2013

Além de representar fatia menor do PIB, valor não se deve a mais arrecadação, mas a extração de dividendos

EDUARDO CUCOLO DE BRASÍLIA

Apesar da melhora nas contas públicas no primeiro quadrimestre de 2014, União, Estados e municípios terão dificuldades para alcançar a meta de economia fixada pelo governo federal para o ano.

Com uma série de manobras fiscais do Tesouro Nacional, as contas públicas mostraram resultado positivo de R$ 16,9 bilhões em abril, maior valor em três anos.

No acumulado do ano, foram R$ 42,5 bilhões de economia para pagar os juros da dívida (superavit primário), aumento de 4% em relação ao mesmo período de 2013.

Este último número representa mais de 40% da meta para todo o ano (R$ 99 bilhões). Mesmo assim, a avaliação de economistas é que o governo precisaria de uma economia maior neste período, historicamente bom para a arrecadação, de forma a compensar resultados mais fracos nos próximos meses.

Como proporção do PIB, o superavit primário caiu no quadrimestre em relação ao mesmo período de 2013 --de 2,72% para 2,60%.

Há também a questão da qualidade do superavit. As receitas maiores se devem ao repasse de dividendos de empresas estatais, e não à arrecadação.

Em abril, o caixa federal também ganhou a ajuda de mudanças no cronograma das despesas que ainda terão de ser honradas.

A política fiscal tem efeito significativo sobre a inflação, que ameaça neste ano estourar o teto da meta, de 6,5%. Quanto menor a economia feita pelo governo, maior o estímulo à atividade econômica e, consequentemente, ao aumento de preços.

Para a consultoria LCA, o resultado do primeiro quadrimestre indica um superavit do setor público para 2014 próximo a 1,5% do PIB (a meta equivale a 1,9%).

Afirma, entretanto, que houve "melhora importante" das finanças de Estados e municípios e "alguma melhora" nas contas do governo federal em relação a 2013.


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