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Mantega acena com prorrogação de IPI reduzido para carros
Ministro diz que deve haver aumento em julho, mas que tamanho não está definido
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta (4) que ainda não está definido de quanto será o aumento do IPI sobre carros em julho. A previsão anterior era de que o benefício fosse encerrado no final deste mês.
"Vamos avaliar a situação para ver se podemos prosseguir com elevação do IPI a partir de julho. O que está definido é que terá um aumento. Poderá ser pequeno, ou não. Vamos avaliar a situação do mercado na véspera", disse o ministro.
"O setor automotivo tem que andar com suas próprias pernas", afirmou Mantega.
A alíquota original do IPI era de 7%, e foi reduzida para estimular as vendas, que foram recorde em 2013. A alíquota está em 3%, e o cronograma do governo estabelecia que ele voltaria ao valor original em 1º de julho.
ESTÍMULOS
Sobre os estímulos que o governo estuda conceder ao setor, que tem registrado queda nas vendas e aumento dos estoques nos pátios das montadoras, Mantega disse que não há nada definido.
O governo tem buscado maneiras de melhorar o crédito para a compra de veículos, que tem apresentado quedas, mas "nada é certo", disse.
A Fazenda estuda injetar R$ 5 bilhões para intensificar o crédito para compra de carros, quantia que pode vir dos depósitos compulsórios --dinheiro que os grandes bancos são obrigados a reter no Banco Central.
Sobre a renovação do acordo automotivo com a Argentina, Mantega disse que os governos ainda não "bateram o martelo".
Sobre a queda na produção industrial de 0,3% em abril em relação a março, Mantega afirmou que a atividade tem altos e baixos e que é "normal" que haja essa sazonalidade.
"Há uma variação mensal muito grande. Se olhar o ano passado, foi a mesma coisa, mês pra cima, mês pra baixo. Vamos aguardar o decorrer do ano para aguardar e ver como vai se situar."