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BC espera queda da inflação e vê crescimento menor em 2014

Ata da reunião que decidiu manter juros em 11% avalia também que taxa básica ainda fará efeito de segurar os preços no país

EDUARDO CUCOLO GUSTAVO PATU DE BRASÍLIA

O crescimento "menos intenso" da economia brasileira neste ano e a queda na projeção de inflação para 2014 são as principais justificativas do Banco Central para interromper o ciclo de aumento da taxa básica de juros.

Na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada nesta quinta-feira (5), a instituição também reforça dois argumentos já utilizados em documentos anteriores.

O primeiro é que parte do efeito das nove altas de juros realizadas entre abril de 2013 e abril de 2014 ainda vai surtir efeito sobre os preços.

O segundo é que o pessimismo de consumidores e empresas com a economia brasileira também vai ajudar.

"Na presença de níveis de confiança relativamente modestos, os efeitos das ações de política monetária sobre a inflação tendem a ser potencializados", diz a ata.

Nesses 12 meses, a Selic subiu de 7,25% para 11% ao ano. Na semana passada, o Banco Central optou por interromper o ciclo de alta.

A inflação continua elevada e ainda mostra "resistência", segundo o BC, mas as projeções para o índice oficial de preços ao consumidor (IPCA) em 2014 caíram --o Copom não detalha os valores exatos.

A queda ocorreu, em parte, porque a instituição usou na conta um dólar mais baixo, R$ 2,20, em lugar dos R$ 2,30 adotados na reunião anterior, de abril.

O BC disse também que o crescimento da economia "tende a ser menos intenso neste ano" do que em 2013, quando foi de 2,5%.

"A ata mostra um Banco Central preocupado com o crescimento econômico, que não quer correr o risco de empurrar a economia para uma recessão", diz o estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil, Luciano Rostagno.

A instituição trouxe ainda duas novas explicações para justificar um índice de preços próximo do limite de 6,5%.

Para o Copom, há dois processos de "realinhamento" de preços. O primeiro é a correção de preços no Brasil em relação aos praticados no exterior (efeito câmbio).

O segundo, a correção atrasada de preços administrados pelo poder público (como gasolina, energia e transportes). A instituição revisou, por exemplo, a previsão para a alta da conta de luz de 9,5% para 11,5% em 2014.


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