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Abilio pede que governo pare de atrapalhar

Presidente do conselho da BRF diz que empresas precisam de 'regras claras e sem mudanças no meio do jogo'

Companhia, que fez fábrica no Oriente Médio, critica regras de tributação para produção no exterior

MACHADO DA COSTA ENVIADO ESPECIAL A CONCÓRDIA (SC)

Em meio às comemorações de 70 anos da Sadia, o presidente do conselho de administração da BRF, Abilio Diniz, disse nesta sexta-feira (6) que o governo tem de parar de atrapalhar as empresas.

"Só esperamos que o governo não atrapalhe. O que precisamos é de regras claras e sem mudanças no meio do jogo", disse, ao ser questionado sobre o ambiente de negócios no país.

Outros membros do conselho de administração da BRF, empresa resultante da fusão entre Sadia e Perdigão, aproveitaram a fala de Diniz para criticar a medida provisória 627, convertida na lei 12.973.

A MP altera a maneira como as companhias com produção no exterior são tributadas. Segundo o texto, toda empresa brasileira que produza fora do país precisa aferir o lucro por meio de uma subsidiária nacional e ser tributada internamente.

Isso significa que os ganhos externos serão tributado pelas regras brasileiras, cujo Imposto de Renda pode chegar a 34% do lucro bruto.

A Sadia terminou recentemente a construção de uma fábrica nos Emirados Árabes, que consumiu investimentos de US$ 150 milhões (R$ 338 milhões), e teme que mudanças na tributação afetem o resultado da empresa.

"Essa MP está ameaçando os investimentos que fizemos no Oriente Médio", afirmou Luiz Fernando Furlan, membro do conselho da BRF."Sabemos que essa questão não está encerrada. O governo ainda está vendo se isso continuará dessa forma."

Abilio Diniz, ex-controlador do Grupo Pão de Açúcar, ainda se irritou ao saber que o governo pode ajudar a JBS a comprar a empresa americana Hillshire Brands.

A JBS tenta adquirir a empresa de alimentos por meio da Pilgrim's Pride, sua subsidiária. Mais cedo, o novo ministro da Agricultura, Neri Geller, também presente no evento, disse à Folha que o governo brasileiro irá ajudar as empresas brasileiras a se internacionalizarem.

"O ministério irá apoiar qualquer agregação de valor às exportações. No que depender do ministério, vamos ajudar", disse.

De acordo com Diniz, a BRF não irá buscar apoio governamental nas empreitadas fora do país.

"A BRF é muito forte, muito estruturada e com pouca participação do governo. Sou contra qualquer ajuda do governo", afirmou.


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