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Banco Mundial reduz para 1,5% previsão de alta do PIB brasileiro

Estimativa anterior, de janeiro, apontava crescimento de 2,4%; resultado é dos mais fracos na América do Sul

Fraca confiança de empresários, medidas para conter inflação e China explicam decisão, segundo organismo

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

O Banco Mundial revisou para baixo a estimativa de crescimento da economia do Brasil em 2014. O PIB crescerá 1,5% --em janeiro, a estimativa era de 2,4%.

Na América do Sul, apenas Argentina e Venezuela terão resultado inferior --ambos países não devem crescer neste ano.

O resultado é similar ao de analistas consultados pelo Banco Central no boletim Focus, que estimam avanço de 1,44% para a economia brasileira neste ano.

O estudo "Panorama Econômico Global", divulgado nesta terça (10), também aponta que as exportações brasileiras só crescerão 0,5% este ano, o pior desempenho da América Latina, com exceção da Argentina (que terá uma queda estimada em 6%).

O relatório descreve um primeiro trimestre "fraco" nas exportações brasileiras, culpando "competitividade em queda, gargalos de infraestrutura e altas nos custos e nos salários".

Para o Banco Mundial, países como Colômbia, Chile e México terão um crescimento do PIB neste ano mais forte do que o brasileiro.

O cenário para a economia fica menos pessimista para os próximos anos, com previsão de crescimento do PIB de 2,7% no ano que vem e de 3,1% em 2016.

DESAFIOS

No relatório, os economistas do banco dizem que as economias emergentes enfrentam desaceleração e precisarão redobrar reformas domésticas para ganhar competitividade.

Eles falam que o Brasil tem "impedimentos estruturais para um crescimento maior", como "infraestrutura pobre, carga tributária pesada e insuficiente mão de obra capacitada", que precisam ser respondidos.

Em outro trecho, apontam as medidas de aperto do crédito para conter a pressão inflacionária, fraca confiança empresarial e a desaceleração chinesa como motivos pela revisão para baixo do PIB deste ano.

A Bolívia é uma exceção, com alta nas exportações de gás para Brasil e Argentina.

Apesar dos temores do aperto da política de estímulos do banco central americano (Fed), que, com suas políticas de estímulo à economia dos EUA, forneceu capitais que migraram para os mercados emergentes nos últimos anos, o relatório diz que os fluxos, ainda que voláteis, foram "robustos" para a América Latina, especialmente para Brasil e México.

E que a depreciação das moedas locais -- o real, o peso mexicano e o colombiano-- se manteve, 6% a menos que em abril de 2013 em média. "Especulação política" no Brasil, diz o relatório, causou apreciação do real a partir de fevereiro.


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