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Fornecedora do Maracanã pode pedir falência
Com dívida de R$ 80 mi, Giroflex também tem recuperação judicial como alternativa
Nem mesmo o contrato de 79 mil assentos do estádio do Maracanã foi suficiente para salvar a Giroflex. Famosa por suas cadeiras giratórias de escritório, a empresa fechou a fábrica em Taboão da Serra (SP) na última sexta-feira e anuncia, nesta quarta (11), se decreta autofalência ou pede recuperação judicial.
A dívida soma R$ 80 milhões. A Giroflex pertence ao fundo Galícia, que em dezembro de 2011 adquiriu o controle da Associação Beneficente Tobias, ONG que herdara o negócio dos fundadores.
Formado pelos executivos Sergio Saraiva e Magim Rodriguez, egressos da Ambev, e Luiz Claudio Nascimento, ex-presidente da Gafisa, o fundo Galícia implantou a cultura de meritocracia e garantiu bons contratos com o estádio Beira-Rio (Porto Alegre), aeroportos de Viracopos e de Guarulhos, além do estádio do Maracanã.
As metas eram ambiciosas: quintuplicar de tamanho e chegar em 2017 com vendas de R$ 1 bilhão. "Tentou-se uma reengenharia administrativa, mas a empresa vinha há tempos acumulando prejuízos operacionais", diz o advogado da empresa Ivan Vitale. "Era uma operação fadada ao insucesso."
Vitale diz que os 300 funcionários deverão receber suas indenizações e que a dívida é com fornecedores e bancos. Segundo ele, uma das causas dos problemas foi a falta de pagamento por parte de governos e prefeituras. "Eles tinham muitos contratos públicos, mas não receberam e isso comprometeu o fluxo de caixa", afirmou.
O contrato com o Maracanã, de R$ 17 milhões, foi motivo de polêmica. O governo do Rio fez a compra por meio do Consórcio Maracanã pois a empresa estava impedida pelo TCU de fornecer para entes públicos. Além disso, o parceiro alemão da Giroflex no negócio anunciou a vitória na licitação uma semana antes do anúncio oficial.
