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Outro lado

Norte Energia afirma que novo cronograma depende da Aneel

Adiamento da 1ª geração em Belo Monte de 2015 para 2016 não seria ainda "fato consumado"

Concessionária de origem estatal que venceu leilão diz que atraso não é de sua responsabilidade

DE SÃO PAULO

A Norte Energia S.A. (Nesa), empresa que ganhou o leilão de Belo Monte e é controlada por empresas estatais e fundos de pensão, ressalva que o atraso implícito no novo cronograma proposto à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) não configura "um fato consumado".

Segundo esclarecimento encaminhado pela Nesa à Folha, o ofício CE 036/2014 PR, que oficializou o atraso, "teve a intenção de motivar uma discussão em tempo hábil, ainda durante a fase de construção e muito antes da geração prevista".

A primeira turbina deveria gerar eletricidade em fevereiro de 2015, mas o ofício propõe que isso ocorra em abril de 2016 --um atraso de 14 meses, portanto.

"A Norte Energia está absolutamente empenhada em minimizar o máximo possível o impacto das ocorrências sobre o cronograma e já o fez com medidas diversas, como o incremento de equipamentos e mão de obra e a adoção de novas tecnologias", diz a nota. "Qualquer novo cronograma está em discussão com o poder concedente."

Ou seja, a decisão final sobre o novo prazo para geração cabe à Aneel. Não parece provável, contudo, que a agência possa exija da Nesa o cumprimento de prazos inexequíveis.

QUEM PAGA A CONTA

A parte mais importante da correspondência à Aneel é o pedido de exclusão de responsabilidade. Ele significa que a empresa não pretende arcar com o prejuízo pela energia que deixará de ser gerada no período. No documento, a Nesa afirma que isso traria "irreparáveis prejuízos para o empreendedor e para a sociedade".

Questionada sobre o valor projetado da eletricidade que deixará de ser produzida em razão do atraso, a empresa concessionária não informou nenhuma estimativa. "É prematura qualquer avaliação nesse sentido, tendo em vista que o assunto está em análise pela Aneel."

A Norte Energia também negou que os problemas com as fundações dos diques 8A e 8B tenham exercido algum papel no atraso das obras.

"A geologia do canal de derivação sempre apresentou um nível técnico adequado de conhecimento. As obras de fundação dos diques e do canal são realizadas com a qualidade técnica exigida", afirma a Gerência de Comunicação da Nesa.

"No canal e nos diques, cujos volumes de obras de terra e rocha são imensos, a perda da janela hidrológica teve repercussão maior."

Segundo a Norte Energia, na área da casa de força auxiliar (sítio Pimental) os impactos maiores ocorreram por conta de invasões, paralisações e, principalmente, liminares que impediram acesso ao rio Xingu.

No sítio Belo Monte do Pontal (casa de força principal), os atrasos decorreram mais dos bloqueios do acesso ao canteiro de obras. (ML)


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