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Viagem para fora do país pede atenção com câmbio

Recomendação é comprar moeda com antecedência, para evitar possível disparada

Para analistas, apesar da alta do IOF, é melhor concentrar gastos em cartão pré-pago do que no de crédito

DE SÃO PAULO

Travar o câmbio --ou seja, buscar uma forma de pagar pela moeda estrangeira um valor antecipado--, evitando que uma eventual alta da moeda encareça a viagem, deve ser uma das principais preocupações de quem vai passar férias no exterior.

Logo que a escolha do país for feita, a família deverá incluir a compra de moeda estrangeira no planejamento financeiro da viagem. Se o dinheiro já estiver em mãos, pode ser vantajoso fazer a troca.

"Assim não corre o risco de o câmbio subir e afetar o orçamento", diz o planejador financeiro Jailon Giacomelli.

Ele recomenda que, uma vez comprada a quantidade de moeda necessária, o viajante pare de olhar a cotação. "O objetivo não é ganhar dinheiro com câmbio, e sim se proteger de oscilações que possam encarecer as férias."

Comprar moeda estrangeira aos poucos ajuda a ter uma cotação média, ao diluir eventuais altas bruscas no tempo. O ideal é não acumular os recursos todos em um só meio de pagamento.

Segundo Thiago Alvarez, sócio do site GuiaBolso, o viajante deve levar uma parte em espécie, para usar em gorjetas ou em despesas como táxi, por exemplo. Essa forma tem riscos, como assalto ou se deparar com uma nota falsa.

Para não levar tudo em espécie, o dinheiro pode ser colocado em um cartão pré-pago ou cheque de viagem.

"Você trava o câmbio e, se for disciplinado, conseguirá manter as despesas sob controle, pois já tem noção de quanto poderá gastar", diz.

Desde dezembro, com a decisão do governo de elevar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para essas duas modalidades, elas ficaram mais caras.

Agora, qualquer operação --carregamento de dinheiro no cartão pré-pago, por exemplo-- tem a incidência de IOF de 6,38%, a mesma alíquota do cartão de crédito.

Mesmo assim, a opção de concentrar os gastos no exterior no cartão não é recomendada pelos especialistas.

"Você não tem previsibilidade de quanto ficará a fatura final do cartão. E o câmbio será o do fechamento da fatura. Ou seja, se após a compra o dólar subir, a conta ficará mais alta e poderá fugir do orçamento", diz Alvarez.

FUNDOS CAMBIAIS

Uma opção para quem tem gastos no exterior --como um filho morando fora-- é investir em fundos cambiais, que acompanham a oscilação de uma moeda estrangeira.

No caso de quem vai sair de férias, porém, a alternativa não é recomendada, diz Otto Nogami, professor do Insper, instituto de ensino.

"O turista acabaria pagando um Imposto de Renda muito alto --de 22,5% para retiradas em até 180 dias ou 17,5% em um ano. Além disso, é um investimento favorável à acumulação contínua ao longo do tempo", declara.

É preciso colocar na conta ainda as taxas cobradas, como a de administração, que podem "comer" parte do recurso aplicado.


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