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Exportação de manufaturados tem lenta recuperação em junho

Fatia de bens mais elaborados no total das vendas ao exterior segue abaixo do registrado em 2013

Governo esperava reação neste mês, após negociação para destravar comércio com Argentina, maior cliente

RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA

A recuperação do ritmo das exportações de produtos manufaturados, os bens mais elaborados produzidos pela indústria, ainda é lenta.

Neste mês, o país alcançou a melhor média diária de vendas para essas mercadorias no ano, mas o desempenho segue muito abaixo do registrado em 2013.

A expectativa do governo era que as vendas começassem a reagir neste mês, como reflexo das rodadas de negociações para destravar o comércio com a Argentina.

O país vizinho é o principal destino dos manufaturados brasileiros, especialmente da indústria automotiva.

A participação desses produtos no total das vendas do país, no entanto, permanece baixa. Ficou em 34% ao final da segunda semana deste junho. Já houve uma aceleração em relação a maio, mas está longe da fatia de junho do ano passado: 39,5%.

ARGENTINA

O desempenho do setor industrial --que reúne cadeias produtivas mais complexas e com produtos de maior valor agregado-- vem sendo bastante afetado nos últimos meses pela nova crise econômica argentina.

Após semanas de intensas conversas, o Brasil conseguiu o compromisso do governo Cristina Kirchner de que não faltarão mais dólares para os compradores do país, garantindo, assim, o fluxo das exportações brasileiras.

A escassez de moeda estrangeira é um dos principais problemas enfrentados pelo governo de Cristina Kirchner. Sem acesso aos dólares, os importadores argentinos não têm como honrar os contratos de compra.

Os dados divulgados pelo governo brasileiro sinalizam, contudo, que os efeitos do acordo ainda são tímidos. As exportações de materiais de transporte, que incluem veículos e autopeças, reagiram pouco até o momento.

Ao fim da segunda semana de junho, a média diária de vendas permaneceu 52% abaixo da registrada em junho do ano passado, segundo dados do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

IMPORTAÇÕES

Se as exportações continuam fracas, a prévia de junho trouxe ao menos uma boa notícia para o governo: as importações retrocederam em ritmo ainda mais acelerado, garantindo saldo comercial positivo.

O Brasil acumulou nos dois primeiros meses do ano um deficit recorde na balança comercial, que mede a diferença entre o que o país vende e compra do exterior. Caso a tendência se confirme ao final de junho, será o quarto mês consecutivo de superavit comercial.

A AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil) avalia que o comportamento das compras externas será decisivo, diante do desempenho ruim das exportações. A entidade revisará sua previsão para o saldo comercial do ano em julho e afirma que ainda não é possível descartar a possibilidade de deficit.


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