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Brasil ganha menos troféus em Cannes por anúncios impressos

Agências de publicidade reduzem número de inscrições e levam 22 prêmios, ante 25 de 2013

Peças para remédio da Bayer e ONG de ajuda na prevenção ao suicídio receberam Leões de Ouro no festival

JOANA CUNHA DE SÃO PAULO

A publicidade em veículos impressos, como jornais e revistas, rendeu 22 troféus para as agências do Brasil no Cannes Lions Festival Internacional de Criatividade, o mais importante desse setor, que chegou ao seu quarto dia nesta quarta-feira (18).

Foram dois Leões de Ouro, dois de prata e 18 de bronze para o país, que costuma se sobressair nessa categoria.

Apesar de estar entre os países com o maior número de prêmios na área, o desempenho brasileiro neste ano foi inferior ao de 2013, quando as agências nacionais levaram 25 troféus.

A redução do número de vitórias pode ser atribuída, em parte, ao menor volume de inscrições brasileiras na categoria, que neste ano ficou em pouco mais de 700, queda de cerca de 10% em relação ao ano passado.

"A queda nas inscrições do Brasil talvez seja apenas um controle de gastos, porque elas têm custo alto. Mas isso não comprometeu o nível de criatividade, pois o país manteve uma quantidade de prêmios parecida", diz Marcelo Reis, sócio e vice-presidente de criação da agência Leo Burnett Tailor Made.

A taxa para inscrição na categoria Impresso foi de 430 euros (R$ 1.300) por trabalho. Algumas agências inscrevem centenas de peças no festival.

Trata-se de uma categoria em que o Brasil sempre se destaca. Às vezes, com peças veiculadas em jornais e revistas de baixa circulação.

Mas o festival ficou mais exigente nos últimos anos com relação à relevância dos anúncios para evitar as chamadas peças fantasmas (trabalhos sem objetivo de veiculação, pensados apenas para concorrer aos prêmios).

"A mídia impressa nunca esteve em um momento tão importante. Nós, como publicitários, devemos investir nesse meio porque ele representa um momento diário de educação e formação de opinião em que o consumidor está lendo sobre política, cultura e economia", diz Reis.

A AlmapBBDO ganhou um ouro pelo anúncio do remédio Cafiaspirina, da Bayer, em que a dor de cabeça era representada por ilustrações caóticas. "Uma boa imagem é um grande passo em direção a um bom anúncio impresso", diz Renato Simões, diretor de criação da agência.

A Leo Burnett Tailor Made ficou com o outro ouro por um anúncio criado para o CVV (Centro de Valorização da Vida), que reescreve cartas de suicidas, alterando os destinos dos autores e preservando os recados originais.


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