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Valor do DOC deve cair pela metade

BC quer criar opção mais barata de transferência bancária do que a TED, cujo valor mínimo será extinto até 2015

Transferência por DOC, que é compensada no dia seguinte, vale para quem não precisa de operação em tempo real

EDUARDO CUCOLO DE BRASÍLIA

Os bancos vão reduzir o preço das transferências bancárias por meio de DOC (Documento de Ordem de Crédito). O corte nessa tarifa foi acertado após conversas do Banco Central com as instituições financeiras.

A medida será tomada em conjunto com outra decisão, que é o fim do valor mínimo que pode ser transferido por meio de TED (Transferência Eletrônica Disponível) até o final de 2015.

A expectativa do governo é que a tarifa caia pela metade. Hoje, os dois produtos têm o mesmo preço. Em média, são cobrados R$ 15,00 nas operações feitas pessoalmente e R$ 5,00 naquelas realizadas pela internet.

A opção por um ou outro produto depende, muitas vezes, do valor da transação. O DOC é utilizado para transferências de até R$ 4.999,99.

A TED é usada em operações a partir de R$ 1.000. Esse limite cairá para R$ 750 a partir de 4 de julho. Até o fim de 2015 será zerado.

Com isso, havia a expectativa de que o DOC seria praticamente abandonado. Pelo mesmo preço, seria mais vantajoso usar a TED, que permite transferências praticamente em tempo real. No DOC, o pagamento ao destinatário só ocorre no dia seguinte.

OPÇÃO

O BC pediu aos bancos, no entanto, que aproveitassem a mudança para criar uma opção mais barata para o cliente que não precisa transferir o dinheiro no mesmo dia.

"A gente não quer que se acabe com o DOC", diz o chefe do Departamento de Operações Bancárias do BC, Daso Maranhão.

"São instrumentos com objetivos e custos diferentes. Os bancos devem diferenciar os preços. Não reajustando a TED, mas baixando o DOC."

Hoje, apesar de o preço ser o mesmo, os custos já são diferentes. A TED é feita on-line, muitas vezes durante o expediente bancário, quando os sistemas dos bancos estão mais sobrecarregados.

No DOC, o processamento ocorre à noite, fora do horário de pico. Além disso, todos os documentos são enviados em um único arquivo para uma central de compensação, e o banco só precisa transferir a diferença entre pagamentos recebidos e transferências enviadas.

Maranhão, do BC, diz que a expectativa é de que o preço caia pela metade, mas que isso será definido pela concorrência entre os bancos.

A TED foi criada em 2002. Na época, só podia ser usada para transferências acima de R$ 5 milhões. O limite foi reduzido gradativamente. No ano passado, o caiu de R$ 2.000 para R$ 1.000.


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