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Mercado aberto

MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br

Setor de infraestrutura não está confiante com PPPs, diz consultoria

Metade dos executivos do setor de infraestrutura consultados pela EY (antiga Ernst & Young) ainda não se sentem confiantes com o atual modelo de parcerias público-privadas (PPP) como solução para os problemas do segmento no país.

A falta de planejamento de gestores públicos e a dificuldade em começar projetos com esse modelo são citados como principais razões para a insegurança do processo, com 56,7% e 33,3%, respectivamente.

"Existe ainda no setor o sentimento de que, mesmo com as PPPs, o Estado às vezes é muito lento para tomar decisões relacionadas à infraestrutura", afirma Luiz Claúdio Campos, sócio de transações corporativas da consultoria no Brasil.

Menos de 20% dos executivos, por sua vez, afirmaram não enxergar o modelo como uma boa alternativa.

"Acostumadas com as contratações públicas tradicionais, algumas empresas estão frustradas com a competitividade exigida pelas PPPs por não conseguirem apresentar melhor eficiência em seus projetos", diz Campos.

Apesar da desconfiança, 61,9% dos executivos que responderam à enquete estão otimistas em relação aos novos projetos de transformação urbana no Brasil nos próximos cinco anos.

A pesquisa foi realizada durante o Rio Conferences, evento que contou com cerca de 200 executivos de construtoras, investidores e gestores do setor público.

COPA NO VERMELHO

Passadas duas semanas do início da Copa, a percepção do setor de shoppings é de baixa nas vendas, segundo a Alshop (de lojistas da área).

O cálculo definitivo sobre o desempenho durante o Mundial sairá só em julho.

As informações parciais fornecidas por redes que atuam nos shoppings, no entanto, já apontam para um movimento menor, segundo Luis Augusto Ildefonso da Silva, diretor da associação.

"É uma confirmação da expectativa que havia [de recuo nos negócios]", afirma.

DESCRENÇA NO COMÉRCIO

O nível de confiança dos empresários do comércio recuou 2,3% neste mês em relação a maio e fechou o primeiro semestre na mínima histórica, segundo a CNC (confederação do setor).

O indicador chegou a 109,6 pontos em junho (o marcador vai de 0 a 200 e, quanto mais alto, melhor é a confiança).

Os três subíndices que compõem o cálculo recuaram neste mês. A maior baixa, de 3,3%, foi registrada no que mede as condições atuais dos empresários do segmento.

Para 70,2% dos entrevistados, a situação econômica piorou nos últimos 12 meses. A satisfação dos consultados em relação ao setor e à própria empresa também caiu.

Apesar do cenário, 52,8% declararam disposição em aumentar um pouco o quadro de funcionários nos próximos meses.

Foram ouvidas aproximadamente 6.000 empresas.

em todas as capitais do país.

60,1%
é o percentual de empresários entrevistados que apontam que os estoques estão adequados

40,6%
disseram que pretendem ampliar de forma moderada os investimentos nas empresas

26,7%
é a parcela que pretende reduzir um pouco o quadro atual de funcionários

PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA PARA eventos

Parcerias público-privadas e entre empresas foram a solução adotada pelo mercado de eventos alemão para se recuperar após a crise financeira internacional.

Em 2008, 2,76 milhões de encontros e congressos foram realizados no país. No ano seguinte, esse número caiu 10,9%.

"A indústria alemã de eventos desenvolveu um modo de cooperação para dividir os riscos", afirma o diretor-geral do German Convention Bureau, Matthias Schultze.

"Uma associação pode organizar um congresso, investir dinheiro nele e não ter participantes suficientes nem para pagar o aluguel do centro de convenções", diz.

"Criamos esse novo conceito no país, no qual hotel, agências de organização e os outros envolvidos no evento assumem uma parte dele. Quando temos mais participantes, todos ganham. Menos participantes, todos perdem", afirma.

Em 2013, a Alemanha recebeu 3 milhões de encontros. "A melhora da situação econômica também ajudou."

A infraestrutura e os desenvolvimentos científicos foram outros fatores que favoreceram o setor.

O país está há dez anos no segundo lugar do ranking dos que mais recebem eventos internacionais, atrás dos Estados Unidos.

Bolão

Sven Feistel, superintendente da Zurich Seguros

O executivo alemão responsável no Brasil pela área de planejamento estratégico da Zurich Seguros, Sven Feistel, espera um jogo com desafios para esta quinta-feira (26) entre a sua seleção e a dos Estados Unidos.

"Foi com o atual técnico dos americanos, o alemão [e então jogador] Jürgen Klinsmann, que ganhamos em 1990. Nosso atual treinador [Joachim Löw] foi cria dele e, por isso, conhece a estratégia", diz.

Feistel aposta em um placar com um gol de vantagem sobre o oponente: 3 a 2.

Embora crave a Alemanha na final, afirma que, "se o Brasil quiser", poderá ser o campeão desta Copa.

"Mas a seleção não tem jogado como um time. Neymar está carregando a equipe nas costas. Se os outros ajudarem, o time avançará", opina o executivo, que está há cinco anos no país.

Para ele, o Brasil e a Alemanha se encontrarão na semifinal. "Será difícil, terei de torcer no banheiro", brinca o executivo, que se casará com uma brasileira.

"Além disso, temos trauma de jogo com o Brasil, depois da final de 2002 no Japão, que deu 2 a 0."

Apesar da dificuldade, pode acabar Brasil contra Holanda ou Alemanha. "Mas tem a beleza do futebol, qualquer coisa pode acontecer", diz.


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