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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Sinal fica amarelo para produtores de soja

Os números do plantio de soja divulgados nesta segunda-feira (30) pelo governo norte-americano acendem uma luz amarela para os produtores brasileiros.

O Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) surpreendeu o mercado ao indicar que a área dedicada à soja no país será de 34,3 milhões de hectares na safra 2014/15.

Se confirmado esse dado, os norte-americanos vão semear 3,37 milhões de hectares acima do que plantaram na safra anterior. Ou seja, uma área recorde e 11% acima da do ano passado.

Mantida a produtividade indicada pela linha de tendência usada pelo Usda, a produção de soja dos EUA poderá atingir 103,4 milhões de toneladas no período 2014/15, ante 89,5 milhões na safra 2013/14, segundo Fernando Muraro, da AgRural, consultoria de Curitiba.

O aumento de área nos EUA é semelhante à área de soja do Estado de Goiás, que utiliza 3,1 milhões de hectares no plantio da oleaginosa.

É claro que o clima deverá jogar a favor dos norte-americanos nesta safra para uma confirmação dessa produção, afirma Muraro.

Uma produção acima de 100 milhões de toneladas mais os estoques finais deste ano vão colocar pelo menos 105 milhões de toneladas da oleaginosa nas mãos dos norte-americanos.

Sendo que o consumo (interno e exportações) é de 95 milhões nos EUA, vão sobrar outros 10 milhões de toneladas --o correspondente a três vezes os estoques da safra que termina.

Confirmados esses números, eles vão se refletir nos preços de Chicago, a principal Bolsa de negociação de grãos, reduzindo preços.

Esse cenário afetaria também os produtores do Brasil, que dependem, ainda, da variação do câmbio.

Apesar desse cenário, a rentabilidade do produtor brasileiro "não estará de todo ruim em 2015", diz Muraro. Mas ela recuaria 30% em relação à deste ano.

No caso do milho, as novas estimativas do Usda indicaram pouca mudança. A área passa de 37,11 milhões de hectares --estimados em 31 de março-- para 37,09 milhões Em relação ao ano passado, o recuo é de 1,5 milhão.

O Brasil semeará 31 milhões de hectares de soja e produzirá 92 milhões de t.

Preços 1 A estimativa de ampliação da área plantada nos EUA derrubou o preço do primeiro contrato de soja em 2,2% nesta segunda (30), trazendo-o para US$ 14 por bushel na Bolsa de Chicago.

Preços 2 No caso do milho, a queda do primeiro contrato foi de 4,2%, o que fez o cereal recuar para US$ 4,47 por bushel --queda de 38% em 12 meses.

Queda geral As commodities agrícolas terminam junho em baixa na Bolsa de Chicago. A soja caiu 6% no mês, abaixo dos 10% do trigo e dos 9% do milho.

Nova York O suco liderou as quedas, com 11%, seguido de algodão e açúcar, que caíram 9% e 7%, respectivamente.

Favorável O fornecimento de gado pelo frigorífico Minerva à BRF deve favorecer os produtores da região oeste de Mato Grosso.

Concorrência A melhora na opção de vendas vai elevar os preços na região, acreditam os pecuaristas.

Leite O preço líquido por litro recuou para R$ 1,0128 em junho, com queda de 0,73% ante o de maio. Esse valor engloba a média de sete Estados. O valor bruto de negociação foi de R$ 1,0984.

Captação Os dados são do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), que apontou estabilidade na captação de leite. Nos próximos meses, a produção aumenta nos Estados do Sul devido à safra.

DE OLHO NO PREÇO

cotações

Mercado interno

Soja
(R$ por saca)61,42

Café
(R$ por saca)397,50

Londres

Zinco
(US$ por tonelada)2.205

Petróleo
(US$ por barril)112,36


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