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BC lucra R$ 16,8 bi com atuação no câmbio

Leilões visam frear alta do dólar; ganho compensa impacto de Selic e inflação na dívida

EDUARDO CUCOLO DE BRASÍLIA

Além de contribuir para segurar a alta de dólar, a atuação do Banco Central no mercado de câmbio gerou ganho de R$ 16,8 bilhões até maio.

O "lucro" se refere a leilões de contratos de swap cambial. O valor já supera o recorde de R$ 15,6 bilhões verificado em todo o ano de 2003.

O swap é uma troca. O BC fica com o risco cambial. Perde quando a moeda norte-americana sobe, mas pode ganhar quando ela se desvaloriza. Em troca, o comprador do papel paga a taxa de juros do período ao governo.

Na prática, é como se o BC vendesse dólares, aplicasse os reais recebidos para render juros e recomprasse a moeda estrangeira no vencimento do contrato.

Se a autoridade monetária compra os mesmos dólares por um valor mais baixo, embolsa esse ganho e ainda fica com os juros. É isso o que aconteceu neste ano.

Essa receita teve um efeito importante sobre as contas do governo. Compensou praticamente todo o impacto negativo provocado pela alta da inflação e da taxa básica de juros (Selic) na dívida pública, que foi de R$ 17,1 bilhões.

O número se refere ao aumento no pagamento de juros da dívida corrigida pela Selic, por índices de preços e pela TR (Taxa Referencial) este ano, em relação aos cinco primeiros meses de 2013.

Segundo o BC, a despesa líquida com juros em 2014 (excluindo as receitas de juros), até maio, cresceu 1% em relação ao mesmo período de 2013, para R$ 102 bilhões. Sem o abatimento do swap, teria aumentado quase 20%.

Analistas afirmam, entretanto, que essa sequência de resultados positivos pode mudar a qualquer momento.

"Até agora, o BC está ganhando, mas, se o dólar começar a subir, vai perder", diz Sidnei Nehme, diretor da NGO corretora.

Segundo pesquisa do BC, o mercado espera valorização do dólar até o fim do ano, dos atuais R$ 2,12 para R$ 2,40.

Para Reginaldo Galhardo, da corretora Treviso, muitos investidores avaliam a cotação atual como um piso, o que gera perspectiva de ganho nos swaps nos próximos meses. As intervenções diárias no câmbio devem se estender até o fim de 2014.


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