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EUA e pesquisa eleitoral animam Bolsa

Economia americana mostra força, com criação robusta de empregos, e ajuda mercados globais a ter dia de alta

Na Europa, banco central sinaliza que vai adotar estímulos para combater desemprego alto e inflação sem vigor

DE SÃO PAULO DE NOVA YORK

Os números do emprego nos EUA em junho superaram as expectativas, não só reforçando a tese de que a economia americana estaria se recuperando como alimentando especulações de uma antecipação de alta dos juros pelo BC americano.

O bom desempenho americano contrasta com a situação da Europa, que enfrenta crescimento baixo, taxa de desemprego persistentemente alta e o risco de deflação, o que levou o BCE (banco central da zona do euro) a pensar seriamente a adotar políticas de estímulos parecidas com as adotadas pelos EUA.

Nos EUA, a taxa de desemprego caiu de 6,3%, em maio, para 6,1% --menor percentual desde setembro de 2008, antes do pico da crise. No mês, foram criados 288 mil postos de trabalho, ante 224 mil em maio. A projeção para junho era de 215 mil.

De fevereiro a junho, os EUA criaram, em média, 248 mil postos, a melhor sequência de cinco meses desde 2006, antes de a crise abater a maior economia global.

O Federal Reserve (banco central dos EUA) tem defendido que o aumento dos juros dependeria não só do índice de desemprego, mas também do comportamento dos salários e da taxa de participação na força de trabalho --que ficaram praticamente estáveis em junho.

O Fed praticamente zerou os juros em dezembro de 2008, contra a crise financeira e a recessão. A maioria dos economistas não espera que o banco central eleve as taxas de juros antes da metade de 2015, mas, com o mercado de trabalho se estreitando, o cenário pode mudar.

O bom desempenho da economia americana e a expectativa de estímulo na economia europeia levaram a um dia de alta nas Bolsas globais. No Brasil, uma leitura pró-oposição da pesquisa eleitoral do Datafolha ajudou a Bolsa a ter a maior valorização, nesta quinta-feira (3), entre os principais emergentes.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa, subiu 1,59%, à frente de Turquia (0,91%) e México (0,88%), por exemplo.

Nos EUA, o índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova York, subiu 0,54% e pela primeira vez atingiu a marca de 17 mil pontos.

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, recuou 0,12%, cotado em R$ 2,21. Já o comercial, usado no comércio exterior, caiu 0,53%.

A recuperação da economia dos EUA, dessa vez, teve uma leitura positiva para os emergentes, pois não se traduziu em alta das taxas de juros dos títulos de 10 anos.

Termômetro de atratividade dos EUA na disputa por recursos globais, a taxa havia subido na quarta-feira. Nesta quinta-feira, ficou estável, em 2,63% ao ano.

"Isso aumenta o apetite por risco e traz certo alívio aos emergentes, que puderam usufruir da saúde da economia americana", diz Mauro Schneider, da corretora CGD.

Outro fator que contribuiu para a alta da Bolsa, segundo analistas, foi uma leitura que a oposição continuou avançando nas pesquisas.

Ricardo Kim, da XP Investimentos, avaliou, em relatório, que Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) subiram juntos três pontos percentuais, o que reforça a chance de segundo turno.

"A presidente Dilma ganhou com o alto astral do país, porém, a oposição somada também ganhou. (ANDERSON FIGO, MARIANA CARNEIRO E ISABEL FLECK)


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