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Aplicação sem IR atrai mais poupadores

Letras de crédito imobiliário ou agrícola não têm incidência de imposto e, por isso, têm atraído maior demanda

Rentabilidade supera a da poupança, mas investidor precisa ficar atento à sua necessidade de liquidez

DANIELLE BRANT DE SÃO PAULO ANDERSON FIGO

Mais investidores estão buscando aplicações isentas de Imposto de Renda além da poupança. As letras de crédito, títulos emitidos por instituições financeiras, viram seu estoque crescer nos cinco primeiros meses do ano.

De janeiro a maio deste ano, houve expansão de 14,3% no volume de LCI (Letras de Crédito Imobiliário) registrado na Cetip, totalizando R$ 117,4 bilhões.

Já o estoque de LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) aumentou 6,1% no mesmo período, para R$ 31 bilhões.

A LCI tem lastro em crédito imobiliário, enquanto a LCA pode ter como garantia uma safra agrícola.

Esses papéis têm semelhanças com os CDBs (Certificados de Depósito Bancário), pois oferecem retorno atrelado a um percentual do CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro, a taxa de juros cobrada nos empréstimos entre bancos). No entanto, são isentos de IR.

Nos principais bancos de varejo, o investidor encontra opções de letras de crédito para quem tem R$ 1.000 para aplicar, caso do Banco do Brasil. No Santander e na Caixa Econômica Federal, a aplicação mínima é de R$ 30 mil. Bradesco e Itaú Unibanco não informaram à reportagem até o fechamento desta edição.

REMUNERAÇÃO

A remuneração oferecida por esses bancos, porém, pode ser menos atraente que a de instituições pequenas e médias, afirma Amerson Magalhães, diretor da Easynvest Título Corretora.

"Essas instituições têm necessidade ou dificuldade de captação maior que um banco de varejo. Por isso, pagam uma taxa muito maior", diz. Em geral, enquanto em uma grande instituição de varejo o investidor encontra LCI que pague 85% do CDI, em uma menor pode obter até 95%.

Esse rendimento aumenta em razão do valor a ser aportado e do prazo que o investidor permanecer com a aplicação. O risco de uma LCI ou de uma LCA é o de calote do banco. Nesse caso, o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) garante o principal investido até R$ 250 mil --como no CDB e na poupança.

CUIDADOS

O grande problema apontado para quem quer investir em LCI ou LCA é a baixa liquidez, ou seja, a dificuldade de vender o papel antes do vencimento.

Para minimizar esse problema, o investidor que quer aplicar em letras de crédito de bancos pequenos e médios pode montar um fluxo de caixa com LCIs ou LCAs com diferentes prazos.

Quem quer fazer aplicações mensais precisa lembrar que a disponibilidade do título está sujeita à necessidade de captação do banco.

Isso significa que não necessariamente o investidor conseguirá reaplicar seus recursos em LCIs ou LCAs.

"Os bancos médios e pequenos não têm muitas operações do tipo. O que permite que os bancos façam essas emissões são as operações imobiliárias ou do agronegócio", explica Ricardo Mollo, professor de finanças do Insper, instituto de ensino.

Ou seja, o investidor terá mais facilidade para renovar sua aplicação em LCI caso opte pelo título emitido por um banco com uma carteira extensa, como a Caixa.

Também é recomendado checar se o papel tem registro na Cetip, empresa que atua como central depositária de títulos privados. O registro é a garantia de que, em caso de falência do banco, o investidor será ressarcido.


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