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Brechós virtuais deixam de oferecer só roupas próprias

Sites passam a agregar lojas diferentes em uma única plataforma para elevar variedade de produtos e vendas

Criados por pessoas que queriam vender os próprios itens, negócios passam por processo de profissionalização

FILIPE OLIVEIRA DE SÃO PAULO

Se antes vender roupas usadas pela internet era uma forma de conseguir uma renda extra e espaço em um guarda-roupa lotado, agora estão surgindo brechós virtuais com características de lojas profissionais.

Segundo Analúcia Batista, responsável pelo site agregador de páginas de vendas de roupas usadas Busca Brechó, há pelo menos 1.500 páginas que vendem roupas usadas.

A maioria delas foi criada para que suas donas pudessem vender roupas próprias, como ela mesma fez (é dona do brechó Girls on Sale). Mas estão surgindo negócios que fazem a intermediação entre quem quer vender e quem deseja comprar.

O brechó Pé de Feijão nasceu depois que as primeiras roupas do filho de Heloisa Eiko Shiota, 35, ficaram apertadas. Ela começou a oferecer as peças em sites como o MercadoLivre e, vendo que outras pessoas faziam o mesmo, decidiu criar um site próprio.

Há um ano, desde que iniciou o negócio, ela se dedica a visitar quem quer vender roupas de marca e brinquedos de crianças para selecionar os melhores.

Atualmente ela fatura cerca de R$ 3.000 ao mês e afirma que o comércio serve como um complemento da renda familiar. Mas Shiota diz acreditar que há espaço para crescimento.

UNIÃO DE BRECHÓS

Garimpando roupas em outros brechós do Rio de Janeiro, Priscilla Veras, 36, tem atualmente um estoque de 800 peças de marcas no site BBazar, criado há seis meses.

Faturando por mês cerca de R$ 5.000, ela pretende aumentar as vendas a partir deste mês possibilitando que outras pessoas usem seu site para comercializar peças próprias, em troca de comissão.

A escolha do que pode entrar no site será feita a partir do envio de fotos para atestar o bom estado da peça.

Nesse modelo, chamado de "marketplace", a companhia que oferece seu site para outros vendedores fica responsável por cuidar da plataforma tecnológica e da divulgação dos produtos e cobra uma taxa das vendas.

O modelo também é adotado pelo Ficou Pequeno, site de itens infantis criado por Alexandre Fischer, 35. Ele conta que tem atualmente cerca de 1.200 vendedores usando a ferramenta --alguns oferecem só uma peça.

A empresa fica com 20% do valor de cada venda --até agora foram cerca de 10 mil em pouco mais de um ano.

Ele diz que a vantagem de trabalhar dessa forma é a maior variedade de produtos, diminuindo a chance de o cliente não achar nada no tamanho que precisa.

"Cada peça em um brechó é única, não existe estoque e tamanhos diferentes. Mas, ampliando o número de itens publicados, aumentamos a chance de o pai achar algo que goste", diz Fischer.


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