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Aplicação indexada à inflação se destaca

Títulos públicos que pagam juros mais a variação de preços permitem que investidor mantenha poder aquisitivo

Debêntures de infraestrutura e fundos imobiliários também são opções para preservar rendimentos

DE SÃO PAULO

O consumidor pode proteger seus investimentos da perda de poder aquisitivo por meio de aplicações indexadas à inflação. Os mais acessíveis ao pequeno investidor são os títulos públicos atrelados a um índice inflacionário, mas há também papéis privados e fundos --de investimento e imobiliários-- que podem ajudar nessa tarefa.

Entre os títulos públicos disponíveis no programa do Tesouro Direto, as NTN-B (Notas do Tesouro Nacional - Série B) e NTN-B Principal (Notas do Tesouro Nacional - Série B Principal) repõem a perda inflacionária no período do investimento.

A remuneração desses papéis é IPCA mais uma taxa de juros prefixada.

A diferença entre os títulos é que o primeiro paga juros semestrais até o vencimento do título, enquanto no segundo a remuneração só é entregue ao final do prazo de investimento.

O risco de perda ocorre se o investidor precisar vender o papel antes do vencimento. Por terem um prazo mais longo, esses títulos são sujeitos a uma forte volatilidade --o valor do papel é corrigido diariamente pela diferença entre a taxa de juro daquele momento e a do momento da emissão do papel.

"Não é um investimento recomendado para quem precisa do recurso antecipadamente", avalia o planejador financeiro Renato Roizenblit.

A orientação é a mesma para quem pretende adquirir outro título referenciado à inflação: a debênture de infraestrutura, emitida por empresas em busca de recursos para financiar obras.

Alguns papéis do tipo são remunerados com IPCA mais juros prefixados. Porém, se o investidor quiser vender seus títulos antes do tempo, pode não encontrar comprador ou então ser obrigado a dar um desconto no valor do título para passá-lo à frente.

Outro risco do papel é o de calote da empresa emissora. Por isso, a rentabilidade oferecida geralmente é maior que a de um título público, cujo risco é o de inadimplência do governo federal.

"É um produto ótimo, mas o investidor não deve ter papéis de um único emissor. Para diminuir seu risco, deve montar uma carteira com debêntures de diferentes emissores", afirma Roizenblit.

SINAL AMARELO

Os fundos imobiliários, que têm suas cotas negociadas em Bolsa, podem ser interessantes para quem deseja minimizar o impacto da inflação sobre seus rendimentos e, ao mesmo tempo, aplicar na renda variável.

Esses fundos compram imóveis ou títulos lastreados em empreendimentos imobiliários --no primeiro caso, os contratos de aluguel costumam ser reajustados por um índice inflacionário, e, no segundo, os títulos podem ser referenciados à inflação.

Mas, justamente por ter suas cotas negociadas em Bolsa, o rendimento do IFIX, índice que reúne os fundos negociados na Bolsa, tem decepcionado. Até o dia 9 de julho, o índice acumulava alta de apenas 1,19%.

"O fundo imobiliário se recuperou, mas não com tanta intensidade", afirma Michael Viriato, professor do Insper, instituto de ensino. Uma explicação pode ser a de que, quando a economia vai mal, o locador tem mais dificuldade de repassar a alta de preços para o valor do aluguel.

Ainda na renda variável, outra opção é investir em ações de empresas cujos contratos são reajustados por um índice inflacionário, como as que atuam nos segmentos de concessão de rodovias e serviços, afirma o planejador financeiro Roizenblit. "Se a inflação disparar, a receita dessas empresas sobe, pois o risco de aumento dos preços está atrelado a um contrato com a possibilidade de reajuste das tarifas cobradas pela companhia", diz. (AF E DB)


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