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Calendário agrícola ajuda a driblar preços

Consumidor pode substituir verduras, legumes e frutas em períodos de baixa oferta por outros em plena safra

Entrepostos oferecem calendários para cliente planejar as compras, mas clima também influencia os preços

TATIANA FREITAS DE SÃO PAULO

A inflação medida pelos índices oficiais não precisa ter o mesmo impacto no seu orçamento e poder de compra. O segredo para fugir dela é planejamento --além de uma boa pesquisa de preços.

Você não consegue escapar da alta do aluguel ou do reajuste da tarifa de transporte. Mas pode driblar a alta dos alimentos --item de maior peso no IPCA-- programando as suas compras.

Os preços de verduras, legumes e frutas são altamente influenciados pelo comportamento do clima e dos ciclos de produção. A primeira variável é difícil antecipar, mas a segunda é previsível e pode ser uma ferramenta importante ao fazer a feira.

No mesmo grupo alimentar, há produtos com períodos opostos de alta na oferta, nos quais a tendência é de baixa nos preços, e vice-versa. Eles podem, portanto, se alternar no cardápio do consumidor, que consegue assim manter uma dieta equilibrada sem elevar os gastos.

Quando o preço do tomate sobe, por exemplo, o consumidor pode substituí-lo pelo pepino na salada. O mesmo vale para a batata, que pode ser trocada pela mandioca.

Para ajudar os consumidores a identificar os ciclos de alta e de baixa dos hortifrutícolas, entrepostos comerciais, como o Ceagesp (São Paulo) e a Ceasa (Rio de Janeiro) disponibilizam calendários que apontam essa sazonalidade na oferta.

Lançada em março, a ferramenta da Ceasa-RJ foi elaborada a partir de estatísticas de preços e volumes diários no comércio do entreposto compiladas entre 2003 e 2012.

"Como as variações de preço entre safra e entressafra são significativas, é possível fazer uma boa economia optando pelos alimentos que estão em períodos de alta oferta", afirma Sérgio Marcolini, presidente da Ceasa-RJ.

Mas outros fatores também podem influenciar os preços, como variações bruscas do clima. Por isso, além da tabela na mão, o consumidor também deve sempre ficar atento ao histórico de preços.

MÊS A MÊS

Pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq-USP, fazem uma ressalva em relação aos calendários fixos sazonais.

Para eles, os hortifrutícolas não seguem mais um calendário fixo, pois o Brasil consegue produzir a maioria dos alimentos em todas as épocas, devido aos avanços tecnológicos e à diversificação das áreas produtoras.

Segundo os pesquisadores, a grande diferença de oferta de um período para o outro é consequência, principalmente, do clima e dos investimentos na produção. "É mais prudente uma recomendação do que estará mais disponível no mês do que montar um calendário fixo anual", dizem.


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