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Mercado aberto

MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br

Unilever propõe marco regulatório para setor reduzir embalagens

O presidente da Unilever no país, Fernando Fernandez, defende que o Brasil tenha um marco regulatório para reduzir à metade o consumo de embalagens.

Para o executivo, a concentração e a compactação de produtos permitiriam um salto de sustentabilidade, sem causar nenhum prejuízo para os consumidores.

"O que o Brasil necessita para tomar uma posição de liderança nessa área [de sustentabilidade] é um marco regulatório diferente", diz.

"Governo e indústria devem ser realmente parceiros para definir uma regulamentação que permita eliminar o que não agrega valor na cadeia de consumo."

Ele diz não temer uma maior interferência do governo na indústria.

"Como produtor de alimentos, acho fantástico ter um governo forte na área de regulação, porque se assegura o respeito ao consumidor e um marco competitivo comum", afirma.

"Se é possível tirar 300 mil, 500 mil caminhões das ruas por ano, se posso reduzir à metade o consumo de embalagens, sem nenhum prejuízo para o consumidor, por que o governo não deveria intervir?", questiona.

A Unilever transporta 2 milhões de toneladas por ano. Muitos produtos têm na água o seu maior componente, caso do detergente líquido.

"Não é fácil, porém, para o consumidor entender que vai lavar a mesma quantidade com uma embalagem menor." Hoje, há produtos com tecnologia disponível para concentrar o produto, sem que o consumidor tenha de dilui-lo em casa, relata.

"Gastaria muito menos embalagem, plástico, além de diminuir componentes. Esperamos que o resto da indústria e o governo compreendam a importância disso."

Fernandez afirma que não conta com benefícios do governo para fomentar o uso de artigos mais sustentáveis.

"Não pedirei ao governo um sacrifício fiscal para promover a migração para os produtos concentrados, mas é importante que as autoridades regulatórias determinem que essa redução de água, componentes e embalagens ocorra aos poucos."

O corte seria de "fillers" (componentes que dão densidade, incham o produto), no caso do sabão em pó.

Com a tecnologia atual, esses "fillers" não têm mais utilidade e apenas encorpam o conteúdo, de acordo com o executivo.

A companhia está disposta a compartilhar a tecnologia para concentrar com os concorrentes, afirma.

"Somos os únicos no mercado com os concentrados e nos propomos a partilhar esse conhecimento para difundir o uso dos produtos."

Cerca de 30% das vendas de detergente líquido da empresa já são de concentrados.

"Por lavagem, esses produtos são mais baratos", diz.

consumo controlado

O índice de intenção de consumo das famílias na cidade de São Paulo fechou junho em 110,8 pontos, queda de 2,5% na comparação com maio, de acordo com levantamento da FecomercioSP.

O mês registrou o recorde negativo da série histórica, iniciada em agosto de 2009.

Na comparação com junho do ano passado, a retração foi ainda mais acentuada e alcançou 15,1%.

Dentre as categorias que compõem o índice, apenas a de acesso ao crédito avançou entre maio e junho (0,9%).

A categoria de avaliação do momento para compra de bens duráveis foi a que mais caiu: -8,3%.

O nível de consumo atual retrocedeu 0,5%, para 86 pontos --pior pontuação entre as variáveis do indicador.

Ainda segundo dados da entidade, quase metade (49,6%) das famílias da cidade estava com algum tipo de dívida em junho.

Esse número, no entanto, é 1,6 ponto percentual inferior ao registrado em maio e 3,9 pontos abaixo do verificado em junho de 2013.

DÍVIDA PARCELADA

A parcela de consumidores brasileiros que tinham alguma conta parcelada a pagar em maio ficou em 40,1%.

O número é 6,7 pontos percentuais a menos que o registrado um ano antes, segundo pesquisa da Fecomércio-RJ feita em parceria com a Ipsos.

"A população está pisando no freio em meio a uma alta da inflação, que reduziu seu poder real de compra", diz Christian Travassos, economista da entidade.

A queda decorre ainda da retração do ritmo de crescimento do crédito, de acordo com Travasssos.

A utilização do cartão de crédito como forma de pagamento parcelado também reduziu: passou de 37,4% em maio de 2013 para 34,5% no mesmo mês deste ano.

A maior parte (27,2%) dos consumidores que dividiram suas contas em parcelas haviam adquirido um eletrodoméstico. Em seguida, aparecem roupas (25,4%), carros, (14,5%) e eletrônicos (14,4%).

Foram ouvidas cerca de mil pessoas em 70 cidades do país. A pesquisa foi realizada entre 17 e 31 de maio.


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