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Freada nos preços e liquidações ajudam avanço do varejo em maio

Para analistas, alta de 0,5%, a maior desde novembro, foi ponto isolado

PEDRO SOARES DO RIO

Preços menores de importantes itens do comércio, como alguns alimentos e eletrodomésticos, e a antecipação de compras de TVs para a Copa levaram à retomada das vendas do varejo em maio.

O avanço de 0,5% na comparação com abril foi o melhor desempenho desde novembro e inverteu a tendência de queda dos três meses anteriores, segundo o IBGE.

O resultado surpreendeu analistas, que estimavam uma taxa perto da estabilidade (entre -0,1% e 0,1%).

Para Fábio Bentes, economista da CNC (Confederação Nacional do Comércio), a freada dos preços e itens com redução efetiva foram determinantes para a recuperação. Segundo cálculos da CNC, os preços médios do comércio subiram 0,5%, abaixo do 0,9% de março e abril.

Tal efeito compensou as travas às vendas neste ano: consumidores menos confiantes e crédito mais caro (juros maiores) e restrito diante da elevada inadimplência.

Venderam mais em maio alimentos e bebidas (0,1%), vestuário (0,5%) e móveis e eletrodomésticos (1,8%).

Para a LCA, o aumento desse último ramo reflete "a resposta dos consumidores às liquidações de televisores pelos grandes varejistas sob o pretexto da Copa do Mundo".

Analistas, porém, veem os dados de maio como "ponto fora da curva" e se dividem sobre o resultado de junho.

A LCA espera algum aumento, sob impacto da venda de TVs. Já a Rosenberg & Associados afirma que maio foi exceção, e a perda de ritmo recente tende a continuar.

"Essa tendência deve se aprofundar com a realização da Copa [pelo menor número de dias úteis]."

A consultoria diz que só supermercados e móveis e eletrodomésticos "podem ter sido marginalmente beneficiados" por vendas relacionadas ao Mundial.

Os principais impactos positivos, porém, foram em ramos de serviços como turismo, bares e restaurantes, que não aparecem nesse levantamento do IBGE.

Para a maioria dos especialistas, o comércio deve seguir numa velocidade menos intensa no segundo semestre, com a estagnação do emprego e menores ganhos salariais --raiz do menor otimismo de consumidores, que pisam no freio na hora das compras.

A LCA e a Rosenberg estimam uma alta de 3,5% do comércio em 2014, abaixo dos 4,3% registrados em 2013.

De janeiro a maio, o setor acumula expansão de 5%.


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