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BC mantém juros em 11% ao ano pela 2ª reunião

Expectativa do órgão é que ritmo fraco da economia ajude a combater inflação

Em 12 meses, índice de preços chegou a 6,52%, acima do teto da oficial, mas houve desaceleração em junho

EDUARDO CUCOLO DE BRASÍLIA

O Comitê de Política Monetária do Banco Central manteve a taxa básica de juros em 11% ao ano pela segunda reunião consecutiva ontem, em meio a preocupações com a fraca atividade econômica.

A decisão foi unânime e já era esperada pelo mercado financeiro. A instituição repetiu o comunicado emitido em seu encontro anterior sobre juros, sem indicar, portanto, quais os próximos passos da política monetária.

"Avaliando a evolução do cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, neste momento, manter a taxa Selic", diz.

Apesar de a inflação ter superado o teto da meta de 6,5% nos 12 meses até junho, os preços recuaram ligeiramente no mês na comparação com maio (de 0,46% para 0,40% no mês passado), em parte como consequência do esfriamento da economia.

A avaliação do BC continua a ser de que parte do aperto recente nos juros ainda não se refletiu nos preços e que e a desaceleração da economia, somada à falta de confiança de consumidores e das empresas no futuro, ajudará no combate à inflação.

O BC espera crescimento de 1,6% do PIB neste ano, após alta de 2,5% em 2013. Em maio, a produção da indústria recuou 0,6%, após retração de 0,5% no mês anterior.

Pela previsão do BC, mantidos os juros, a inflação fica dentro do limite da meta no fim do ano, segue acima de 6% em 2015 e começa a cair mais rápido a partir de 2016.

A última vez que o BC elevou os juros foi em abril, em um processo de nove aumentos seguidos da taxa, que estava em 7,25% um ano antes.

ELEIÇÕES

O próximo encontro do Copom está marcado para 2 e 3 de setembro, cerca de 30 dias antes do primeiro turno das eleições (5 de outubro).

A inflação e os juros devem estar entre os principais temas de debate entre os candidatos à Presidência. A presidente Dilma chegou a levar a taxa básica para o menor patamar da história recente, mas deve terminar o mandato com taxa superior à do final do governo Lula (10,75%).

As projeções dos economistas consultados pelo BC na pesquisa Focus mostram juros estáveis neste ano, mas voltando a subir em 2015. Para a inflação, as estimativas estão acima das apresentadas pela instituição, mas dentro do limite da meta para este e o próximo ano.

Fundos continuam a ganhar da poupança
folha.com/no1485660


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