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Cristina Kirchner diz que Dilma vai levar caso da dívida ao G20

Em NY, juiz marcou sessão para discutir dúvidas na próxima terça

DA ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA DE BRASÍLIA DE NOVA YORK

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, afirmou ontem que a presidente Dilma Rousseff prometeu levar ao G20 a questão da reestruturação da dívida argentina, que enfrenta um impasse na Justiça dos Estados Unidos.

A Argentina deu calote em sua dívida em 2001 e fez duas rodadas de reestruturação, com adesão de 92,4% dos credores. Os credores que não aceitaram a troca de dívida venderam seus títulos para os chamados fundos "abutres", que entraram na Justiça americana para receber.

A Justiça deu ganho de causa para eles. Mas, pelas cláusulas da reestruturação, a Argentina seria obrigada a pagar o mesmo para os credores que participaram da reestruturação. O país não tem reservas suficientes para isso.

A declaração da presidente argentina sobre o apoio brasileiro foi feita na saída da reunião plenárias entre os Brics e países da América do Sul no Itamaraty, em Brasília.

ATAQUE

Em seu discurso diante de líderes dos Brics e da América do Sul, Cristina afirmou que seu país é vítima de "um fortíssimo ataque especulativo dos fundos abutres".

"A Argentina é uma presa muito cobiçada por todos, porque é muito rica, o oitavo país do mundo em área, com apenas 40 milhões de habitantes, segunda maior reserva de gás e quarta de petróleo", disse Cristina.

Ela voltou a dizer que não vai ceder a ameaças dos "abutres". "Por mais que nos difamem, quem não quer negociar são os fundos que pagaram US$ 48 milhões há seis anos e agora querem receber US$ 1,6 bilhão", disse.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse que a forma como a situação da dívida está sendo tratada é "irracional e insólita".

Segundo ele, todos os chefes de Estado presentes na sessão entre Brics e América do Sul, em Brasília, expressaram seu apoio à Argentina.

NOVA REUNIÃO

O juiz americano Thomas Griesa, que julgou o caso da dívida nos EUA, convocou uma sessão para a próxima terça (22) em Nova York para discutir seis pedidos de esclarecimentos feitos por partes.

O Bank of New York Mellon, por exemplo, quer uma ordem direta sobre o que fazer com US$ 539 milhões depositados pela Argentina para o pagamento da dívida reestruturada.

Em junho, Griesa considerou "ilegal" o pagamento argentino e sugeriu que o banco devolvesse o dinheiro.


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