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Dado fraco de junho faz governo prever menos vagas

EDUARDO CUCOLO DE BRASÍLIA

Dados ruins para o emprego formal em junho levaram o governo a reduzir a previsão para a geração de vagas com carteira assinada em 2014. A expectativa agora é de 1 milhão de novos postos, pior resultado desde 2003.

Até o mês passado, o Ministério do Trabalho esperava que neste ano fosse interrompida a queda na abertura de vagas formais vista desde o início do governo Dilma, com 1,4 milhão de novos postos, ante 1,1 milhão em 2013.

Os dados de junho, porém, confirmaram a piora verificada desde março, quando a geração de empregos passou a cair em relação a 2013. No mês passado, foram abertas 25 mil vagas, menor resultado para junho desde 1998 (18 mil). Na comparação com 2013, o saldo caiu 80%.

De janeiro a junho deste ano, foram gerados 588 mil empregos formais, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). É o menor saldo para esse período do ano desde 2008 (397 mil vagas). O número se refere à diferença entre contratações e demissões.

Se confirmada a projeção, o governo Dilma terá criado 5,5 milhões de vagas, abaixo da média de 6,7 milhões de cada um dos mandatos do ex-presidente Lula.

No semestre, indústria e comércio pesaram contra. O primeiro setor ainda registra mais contratações do que demissões (35 mil), apesar do fechamento de vagas em transporte, que inclui as montadoras. No comércio, foram fechados 76 mil postos.

O emprego formal continua dependendo dos setores de serviços e agricultura, que contrataram mais que em 2013, mas menos do que em anos anteriores.

Das regiões, só o Nordeste reduziu vagas no semestre.

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, afirmou que a projeção anterior não contemplava os resultados ruins da indústria.

Ele responsabilizou ainda a Copa do Mundo, devido à queda do consumo nos dias de jogos e a uma campanha de pessimismo em relação ao torneio. Dias afirmou que não é possível atribuir os resultados do emprego ao desempenho da economia nem ao aumento dos juros e da inflação.

"A gente não está tendo aquele crescimento que tivemos, mas o nosso PIB continua positivo, e a geração de emprego continua positiva."

Para o ministro, o Brasil não terá mais saldos próximos de 2 milhões, como em 2010, mas o emprego formal não deve retroceder mais.

Dias disse também que o governo estuda medidas para as pequenas empresas, como a ampliação do teto do Supersimples, regime simplificado de tributação para as que faturam até R$ 3,6 milhões por ano.


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