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Sócio português da Oi pede recuperação judicial na Europa

Objetivo é ganhar tempo para vender empresas e negociar socorro para o conglomerado financeiro

Promotoria investiga irregularidade nas contas do grupo; BES deve ser processado após calote a operadora

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Espirito Santo International (ESI), controladora do grupo financeiro português que é um dos donos da Portugal Telecom (sócia da Oi), deu entrada nesta sexta-feira (18) em um pedido de recuperação judicial à Justiça de Luxemburgo, sede da holding portuguesa.

O pedido, que visa proteger o grupo dos credores e ganhar tempo para negociar, ocorre três dias depois de a Rioforte, controlada pelo grupo português, ter dado um calote de € 847 milhões (R$ 2,6 bilhões) em dívida com a operadora portuguesa.

"A ESI atualmente não pode cumprir suas obrigações de dívida", afirmou em comunicado a companhia.

O calote disparou uma crise na planejada fusão da operadora portuguesa com a Oi, sua parceira brasileira.

Para ajudar o grupo, a Portugal Telecom assumiu uma dívida que soma € 897 milhões e, em contrapartida, teve sua participação reduzida na "nova Oi", ao menos temporariamente, de 38% para 21%. À medida que a dívida for paga, a PT pode recomprar essas ações e retomar sua fatia na operadora.

Enquanto ganha tempo, o grupo português tenta vender parte de suas participações em empresas para fazer caixa e impedir a quebra do BES (Banco Espírito Santo), a maior instituição financeira portuguesa. Uma delas é a rede hoteleira Tivoli, que tem 12 unidades em Portugal e duas no Brasil. Os negócios no país incluem ainda empreendimentos imobiliários de alto padrão em São Paulo.

O governo e o banco central português têm dito que o BES tem capital suficiente para enfrentar os riscos decorrentes de dívidas da família, mas ainda há dúvidas sobre a solvência do banco.

INVESTIGAÇÃO

Os promotores portugueses decidiram investigar irregularidades no império empresarial da família Espírito Santo, enquanto os investidores se preparam para mover uma ação judicial em razão do não pagamento de dívida por parte da Rioforte.

"O gabinete da promotoria pública está acompanhando a situação, recolhendo desde o início todos os elementos que se tornaram públicos e analisando sua relevância penal", informou à Reuters.

"Há investigações em curso relacionadas com esse assunto que até mesmo antecedem as divulgações das últimas semanas."


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