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FMI critica intervenções do BC no dólar

Para Fundo, ação no câmbio não deveria ocorrer quando pressão se deve a mudanças em fundamentos da economia

Banco Central vem fazendo intervenções desde meados de 2013 e mantém moeda cotada ao redor de R$ 2,20

MARIANA CARNEIRO ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

As intervenções do Banco Central no câmbio, que têm contribuído para manter a cotação do dólar ao redor de R$ 2,20, foram criticadas pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), em relatório divulgado nesta terça-feira (29).

Segundo o Fundo, as atuações "podem ser apropriadas" para evitar a volatilidade excessiva do dólar, "mas não deveriam ser usadas para resistir a pressões que refletem mudanças nos fundamentos [da economia]".

Desde o ano passado, o Banco Central vem fazendo intervenções diárias no mercado de câmbio. Nesta terça-feira, foram leiloados 11 mil contratos de swap (operação que equivale à venda futura de dólares), por um total de US$ 544 milhões. A moeda americana fechou a R$ 2,228.

Na quinta-feira, o BC deve oferecer, no mercado à vista, até US$ 2,5 bilhões a possíveis compradores.

Quando vende dólares, o BC induz a queda da moeda americana e a valorização do real. Isso ajuda a conter a inflação e mantém o poder de compra em dólar de consumidores e empresas.

As atuações do BC são ainda mais frequentes em meses em que há menos entrada de recursos externos, como em julho, que registrou (até o dia 18) a saída de US$ 4 bilhões, descontadas as entradas.

Segundo o FMI, o real está entre 5% e 15% mais valorizado do que indicariam os "fundamentos [econômicos]e políticas desejáveis".

A estimativa, feita com base em dados de 2013, leva em consideração a taxa de câmbio real efetiva (descontada a inflação e em relação aos parceiros comerciais).

Em 2013, o real chegou a passar por uma desvalorização. Mas, de agosto de 2013 a abril, o real voltou a se fortalecer, em cerca de 9%.

crescimento menor

Outro fator de repreensão do FMI é o aumento das despesas do país no exterior. O consumo interno forte e a moderação dos preços das exportações levaram o Brasil a registrar um deficit externo equivalente a 3,6% do PIB.

Para o FMI, isso ocorre apesar do crescimento menor da economia brasileira, o que tenderia a reduzir gastos no exterior. O Fundo sugere que o país aumente a poupança interna e reduza o deficit para entre 1% e 2,5% do PIB.

O Fundo classificou a posição externa do Brasil como "moderadamente mais fraca", em que a entrada de recursos produtivos deverão seguir fortes, mas os fluxos de capitais financeiros podem se tornar voláteis.


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