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Não há crise no país e inflação está sob controle, diz presidente do BC

Em audiência no Senado, Tombini descarta cenário de estagflação na economia brasileira

'Que crise é essa em que estamos com o menor nível de desemprego de todos os tempos?', questiona

EDUARDO CUCOLO DE BRASÍLIA

O Banco Central fez nesta terça (5) uma defesa da política econômica do governo, ao dizer que não se pode falar em crise neste momento.

Em audiência pública trimestral na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o presidente da instituição, Alexandre Tombini, disse também que o país está longe de um processo de estagflação (cenário de inflação alta com crescimento baixo). Segundo ele, apesar da expectativa de crescimento menor em 2014, a inflação está controlada.

"Certamente não podemos falar de crise aqui", afirmou.

"Que crise é essa em que estamos com o menor nível de desemprego de todos os tempos? Que crise é essa em que a inflação está sob controle?", questionou Tombini.

"Estamos caminhando para um fenômeno de quatro meses seguidos de deflação nos índices gerais de preços [IGPs]. Tem havido progressos na parte da inflação. Estamos longe, pelo menos na parte da inflação, do conceito de estagflação", disse.

Segundo a mais recente pesquisa Focus, feita pelo BC com instituições financeiras, a inflação (IPCA) terminará 2014 em 6,39%, perto do teto da meta do governo, de 6,5%.

Em relação às afirmações de que a economia estaria estagnada, Tombini disse que a revisão do crescimento para baixo tem sido mais uma norma do que exceção entre as maiores economias desenvolvidas e emergentes e não é algo que diz respeito somente ao Brasil.

O Focus aponta crescimento de só 0,86% neste ano (em 2013, a expansão foi de 2,5%).

O presidente do BC contestou o que chamou de "ideário de reformas e do Estado mínimo", ao afirmar que o México seguiu esse caminho, mas não obteve resultados até o momento e cresceu menos que o Brasil em 201.

Tombini disse ainda que houve recuperação da confiança dos brasileiros e que isso está relacionado à redução da inflação, principalmente da queda dos alimentos.

Para o BC, a economia brasileira vai crescer mais no segundo semestre. Não se pode descartar, no entanto, um resultado negativo neste ano para o setor industrial. Citou problemas localizados, como o setor automotivo.

Ele reafirmou que a estratégia da instituição é manter a taxa básica de juros (Selic) no nível atual de 11% ao ano para combater a inflação. Disse ainda que não há "contradição ou incompatibilidade" entre essa política e as medidas "macroprudenciais" recentes para incentivar o crédito e injetar até R$ 45 bilhões na economia.


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