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Inflação cairá até com alta do dólar, diz BC

Para diretor da instituição, cenário de convergência para a meta já prevê valorização da moeda norte-americana

Expectativa é que IPCA chegue a 5% ao ano no 2º trimestre de 2016; hoje, rompeu o teto de 6,5% em 12 meses

LUCAS VETTORAZZO DO RIO

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, afirmou nesta quinta-feira (7) que, mesmo que ocorra uma alta do dólar nos próximos meses, a tendência é que a inflação recue, "convergindo em direção à meta" até 2016.

O diretor disse que, no mais recente Relatório de Inflação do banco, um dos cenários apresentados é de câmbio a R$ 2,39 até o fim deste ano e de R$ 2,45 no encerramento de 2015. Nessas circunstâncias, disse ele, a inflação deve chegar a 5% no segundo trimestre de 2016, próximo à meta estabelecida de 4,5%.

Nos últimos dias, o dó- lar se aproximou da faixa de R$ 2,30. Ontem, a moeda à vista fechou a R$ 2,289, em alta de 0,54%. No mês, acumula valorização de 0,86%, e, no ano, queda de 3,03%.

"O que que eu quero dizer é que em um dos cenários com o qual trabalhamos para fazer projeção de inflação está contemplada alguma depreciação cambial e ainda assim teríamos um recuo da projeção ao longo do tempo", disse Araújo, no Rio.

A inflação de 12 meses até junho deste ano foi de 6,52%, o que rompeu o teto da meta para o ano, de 6,5%.

A meta do governo é de 4,5%, com dois pontos percentuais de variação para mais ou para menos. Em junho, a inflação oficial ficou em 0,40%, queda ante o mês anterior. Nesta sexta (8), o IBGE divulga o IPCA, índice oficial de inflação, de julho.

O diretor do BC afirmou que a desvalorização do real sempre traz algum impacto para a inflação, mas que isso não seria motivo para "uma preocupação adicional".

Em geral, a depreciação da moeda brasileira contribui para a alta da inflação porque os preços em dólar aumentam. Dessa forma, sobem também preços de produtos e máquinas da cadeia produtiva.

Para o diretor do BC, ainda que a pressão sobre os preços dos alimentos tenha arrefecido no primeiro trimestre, a inflação continua elevada, mas com viés de queda ao longo deste ano.


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