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Tecnologia dá origem a 'bicos do futuro'

Sites permitem contratar prestadores de serviço para trabalhos eventuais como abrigar cachorros ou dar aulas

Empresas, que ficam com uma parte do pagamento pela tarefa, têm desafio de evitar contratação 'por fora'

FILIPE OLIVEIRA DE SÃO PAULO

A chef de cozinha Barbara Santos ganhou cerca de R$ 4.000 no período da Copa do Mundo com uma atividade que não era a sua principal: levar turistas para passear na cidade de São Paulo.

Para ser encontrada, ela usou a plataforma virtual da empresa brasileira Rent a Local Friend, que faz esse tipo de agenciamento em troca de uma comissão. Ela foi anfitriã de cerca de 15 grupos, fez piqueniques e levou estrangeiros para ver os jogos.

Esse novo tipo de "bico" para aumentar a renda tem se tornado mais comum devido a novos modelos de negócios criados por companhias iniciantes.

Usando o serviço delas, qualquer pessoa pode ganhar algum dinheiro fazendo atividades como alugar seu carro, vestidos e casas, levar cachorros para passear, responder pesquisas ou dar uma aula (veja exemplos ao lado).

O ganho de quem negocia com esse tipo de plataforma pode ser alto. Também entre junho e julho, os anfitriões que usaram a plataforma norte-americana Airbnb para encontrar interessados em alugar seus imóveis receberam, em média, US$ 4.000 (R$ 8.800) no Rio de Janeiro, segundo a companhia.

A empresa não informa a média dos aluguéis em outros meses, que não tiveram o impacto da Copa do Mundo.

Mas, em grande parte dos casos, o objetivo é somente ter um complemento na renda. O supervisor de cobranças Victor Fernandes, 27, costuma aumentar em R$ 200 sua renda mensal usando o aplicativo PiniOn, a partir do qual ele recebe missões de outras empresas, como ser cliente oculto em lojas.

Ele já chegou a ganhar mais de R$ 600 quando trabalhava de casa e tinha mais tempo livre.

O FUTURO

Solange Mata Machado, professora da BSP (Business School São Paulo), aponta desafios para que essas companhias cresçam: apesar de não exigirem grande investimento inicial, já que tudo vem de terceiros, elas precisam de um número elevado de usuários para serem viáveis.

Elas costumam cobrar apenas uma taxa de comissão, o que faz com que o lucro por operação seja baixo.

Outro desafio é reduzir a chance de, depois de usar a plataforma pela primeira vez para contratar um prestador de serviço, o cliente passar a contatá-lo por fora, sem pagar comissão.

Uma das formas de evitar isso é oferecer serviços adicionais. A empresa PetHub, que conecta donos de cães a pessoas que se dispõem a cuidar deles por alguns dias, faz parcerias com clínicas veterinárias e seguradoras especializadas para atender os clientes, explica Sergio Hernandes, 37, sócio da empresa.

Quem contrata o serviço sem usar a plataforma fica sem essas garantias.


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