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IBGE assina acordo com sindicato e greve acaba
Acerto inclui reposição de dias parados
A direção do IBGE assinou, na manhã desta quarta-feira (13), acordo com o sindicato da categoria que pôs fim a greve de 78 dias.
Não houve decisão, contudo, sobre o desligamento de 189 trabalhadores temporários que aderiram à greve. Segundo o diretor-executivo do IBGE, Fernando Abrantes, como essa questão está na Justiça, ficou acertado que não seria mexida por ora.
O instituto avaliará trabalhos que ficaram atrasados devido à greve. Abrantes disse não poder confirmar neste momento se a próxima pesquisa de emprego, referente a julho e a ser divulgada no dia 21 de agosto, já estará com os dados atualizados.
Devido a problemas na análise dos dados coletados nas regiões de Salvador e Porto Alegre, as PMEs (Pesquisa Mensal de Emprego) de maio e junho foram divulgadas incompletas. A Pnad Contínua (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios) teve coleta afetada.
Conforme antecipado na noite de terça-feira, ficou acertado que os dias parados serão repostos e as faltas descontadas serão pagas pelo instituto na próxima folha de pagamento. Os funcionários terão que fazer um mínimo de 20 horas extras por semana para repor dias parados.
Também foi decidida a criação de dois grupos de trabalho, um para elaborar um estudo para que os salários dos funcionários efetivos do IBGE sejam equiparados aos de outros órgãos públicos e outro para buscar o equilíbrio na relação entre funcionários concursados e temporários.
Desde o início da greve, a categoria reivindicava principalmente equiparação salarial a servidores de outros órgãos, como o Ipea. Mas o Ministério do Planejamento, ao qual o IBGE é vinculado, diz que não é possível mudanças salariais neste ano, citando que está sob vigência acordo até 2015 com a categoria.