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BB e Caixa mantêm lucro com crédito e alta de juros

Embora baixa, inadimplência sobe nos dois bancos públicos no 2º tri

Despesa para cobrir calotes também aumenta; BB vê financiamento de carro como de baixo risco

ANDERSON FIGO TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO

O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal mantiveram o lucro ascendente no segundo trimestre de 2014, apesar da desaceleração da economia e da redução no ritmo de empréstimos.

Como nos demais bancos, o lucro foi resultado de ganhos maiores com os financiamentos e com a valorização dos investimentos em títulos públicos e privados, consequência direta do aumento dos juros do governo.

Também contribuiu a inadimplência relativamente baixa (porém maior).

No BB, o lucro subiu 1,43%, de R$ 2,789 bilhões no segundo trimestre de 2013 para R$ 2,829 bilhões no mesmo período deste ano, descontados os R$ 4,7 bilhões arrecadados em 2013 com a abertura de capital da BB Seguridade.

Segundo Ivan Monteiro, vice-presidente do BB, o avanço do lucro foi possível por causa da estratégia de focar o crédito de menor risco, como consignado, CDC (Crédito Direto ao Consumidor) e crédito imobiliário.

O banco surpreendeu ao considerar o financiamento de veículo como crédito de baixo risco, mas isso foi explicado por se tratar de financiamentos concedidos a clientes antigos da casa.

A inadimplência acima de 90 dias encerrou junho em 1,99% --alta de 0,12 ponto percentual sobre o segundo trimestre de 2013 e maior que o 1,97% de março.

Apesar do aumento, o nível de calotes do BB ficou abaixo do de seus rivais privados, ainda que estes tenham tido queda. O Itaú, por exemplo, registrou 3,4%, menor nível desde a fusão com o Unibanco, em 2008.

CAIXA

A Caixa teve lucro líquido de R$ 1,879 bilhão no primeiro semestre de 2014, resultado 2,7% maior do que no mesmo período de 2013.

Sozinha, a Caixa concedeu R$ 204,6 bilhões em empréstimos no semestre. Com isso, o volume atingiu R$ 552,1 bilhões. O BB somou R$ 718,8 bilhões.

Os financiamentos imobiliários atingiram R$ 303,5 bilhões --alta de 27,3% nos últimos 12 meses. A Caixa tem 67,6% desse mercado, mas perdeu espaço em relação à parcela de 69,1% do final do segundo trimestre de 2013.

Diferentemente dos principais bancos privados, a inadimplência na Caixa subiu de 2,27% em junho de 2013 para 2,77% no final do segundo trimestre deste ano. Em março, estava em 2,63%.

Segundo Marcio Percival, vice-presidente do banco, a alta da inadimplência decorre da maior participação de financiamentos de maior risco, como empréstimo pessoal, veículos e cartões.

As provisões para cobrir calotes subiram 76,3% em 12 meses --de R$ 2,24 bilhões para R$ 3,95 bilhões.


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