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Tenho R$ 650 mil. Qual o melhor investimento?

H.A., DE DRACENA (SP)

RESPOSTA DO PROFESSOR WILLIAM EID, DA FGV -- Faltam informações como prazo da aplicação, objetivos, sua idade e outras. Mas vamos supor que você tenha de 35 a 40 anos, que seu prazo de aplicação seja de ao menos cinco anos e que você não tenha outros recursos aplicados em produtos financeiros.

Isso posto, vamos às incertezas associadas ao momento econômico. Estamos com inflação mais alta e uma eleição à frente. Além disso, as expectativas para a economia nos próximos dois anos não são das melhores.

Essa incerteza maior encaminha seus investimentos para produtos mais conservadores. E o risco aqui é o de perder para a inflação no curto prazo. Ou investir num pós-fixado e se arrepender depois de não ter aplicado num prefixado. Como a incerteza é grande, por que não diversificar? E isso não significa ir para diferentes classes de ativos. Você pode diversificar numa mesma classe, como, por exemplo, a renda fixa.

Nesse caso, e dada a falta de informações sobre o restante da carteira, objetivos e outras características do investidor, a recomendação é ficar na renda fixa, diversificando. Um pouco em produtos prefixados, um pouco em pós-fixados atrelados à Selic (taxa básica de juros) e um pouco em produtos atrelados à inflação.

No caso dos prefixados, você pode investir em LTN no Tesouro Direto. Para pós-fixados há escolhas entre CDBs longos, LCI e LCA --essas duas últimas isentas de Imposto de Renda. E ainda as LFT, também no Tesouro Direto. Finalmente, para a parcela de títulos atrelados à inflação, as alternativas são as NTN-B do Tesouro Direto.

A próxima questão é quanto investir em cada tipo de título. Temos modelos matemáticos complexos para procurar a composição ideal das carteiras de investimentos. Mas infelizmente eles se baseiam em expectativas futuras, que têm sempre pouquíssima precisão, o que leva os modelos a erros.

Uma alternativa é dividir igualmente seus R$ 650 mil entre as três alternativas. Você estará protegido para as incertezas futuras e vai usufruir das elevadas taxas de juros da nossa economia.


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