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GM suspende contrato de 930 funcionários

Medida na fábrica de São José dos Campos (SP) busca ajustar a produção de veículos à demanda do mercado

Sindicato da região condicionou aprovação do "lay-off" à garantia de estabilidade dos empregados afetados

DE SÃO PAULO

A General Motors do Brasil irá suspender temporariamente o contrato de trabalho de 930 funcionários da fábrica da montadora em São José dos Campos (a 97 km de São Paulo).

A decisão foi tomada após assembleias do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região, na manhã e na tarde de terça-feira (26).

A suspensão, decidida após dois meses de negociação, terá início em 8 de setembro e irá durar cinco meses. Nesse período, parte dos salários dos funcionários afastados será paga pelo governo federal, por meio do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

"Condicionamos a aceitação do lay-off' à garantia de estabilidade de emprego dos funcionários afetados e de que não acontecerão novas demissões", afirma Antônio Ferreira de Barros, presidente do sindicato que representa os empregados da GM na cidade do Vale do Paraíba.

No início do ano, 1.053 funcionários foram demitidos no complexo industrial da GM em São José, que produz atualmente a picape S10 e o utilitário Trailblazer, além de motores e transmissões.

Interrupções de contratos e paradas nas linhas de montagem automotiva têm sido rotina em 2014, devido à queda nas vendas e também nas exportações. A produção no setor recuou 17,4% na comparação dos sete primeiros meses deste ano com o mesmo período de 2013.

Na segunda-feira (25), a Volkswagen anunciou o início de um período de férias coletivas de dez dias para funcionários da fábrica da montadora em Taubaté.

A PSA Peugeot Citröen, cuja fábrica em Porto Real (RJ) operava em três turnos de produção até meados de 2013, segue trabalhando em dois períodos após programas de demissão voluntária e suspensões ("lay-offs").

O período mais crítico foi durante a Copa do Mundo, quando oito grandes fábricas paralisaram a produção ao mesmo tempo.

A retomada está sendo tímida, com exceção das marcas que apresentaram lançamentos recentes, como a Ford (novo Ka).

MERCEDES-BENZ

Desde maio, 1.200 empregados da Mercedes-Benz também estão com seus contratos suspensos.

As duas fábricas da montadora, em Juiz de Fora (MG) e em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo), tiveram programas de demissão voluntária (PDV), férias coletivas e "lay-offs" para ajustar a produção à demanda.

Segundo o presidente da Mercedes-Benz do Brasil, Philipp Schiemer, ainda há excedente de 500 funcionários nas duas unidades.

Segundo o executivo, o único plano da montadora para corrigir esse excedente ainda é o PDV, que continua até o fim de novembro.

De acordo com a montadora, já houve 1.100 adesões.

"Ninguém pensa em fechar fábricas. Iremos manter os investimentos e encontrar uma forma de manter as duas fábricas trabalhando."

O presidente da montadora alemã no Brasil disse ainda que negocia com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC a redução da tabela de salários na fábrica de São Bernardo do Campo.


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