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Recusa da Chiquita 'cheira a desespero', dizem brasileiras

Safra e Cutrale tentam conquistar apoio de acionistas de gigante das bananas para sua oferta de US$ 610 milhões

Conselho da americana rejeitou proposta há duas semanas e defende acordo de fusão com a irlandesa Fyffes

DE SÃO PAULO

A Cutrale, a gigante brasileira do mercado de suco de laranja, e o grupo Safra disseram que "cheira a desespero" a decisão do conselho da Chiquita Brands (americana conhecida pela marca de bananas de mesmo nome) de recusar a sua oferta de compra de US$ 610 milhões e manter o acordo de fusão com a irlandesa Fyffes.

O duro comunicado, divulgado nesta quarta-feira (27), é uma nova tentativa dos grupos brasileiros de conquistar os acionistas da Chiquita em torno da sua proposta, deixando de lado a parceria com a irlandesa.

Para Cutrale e Safra, o conselho de direção da americana demonstra "irresponsabilidade e falta de discernimento" ao apoiar a fusão.

Eles afirmam que sua proposta é dinheiro certo, não terá condições de financiamento e dará aos acionistas da Chiquita "uma bonificação convincente".

Na declaração, Safra e Cutrale classificaram a Fyffes como "um intermediário sempre vulnerável" e sem "experiência de integração", além de ter uma "grande concentração na Europa justamente no momento errado".

A economia da zona do euro ficou estagnada no segundo trimestre e há temor da volta da recessão ao bloco.

A oferta das brasileiras foi apresentada no dia 11 deste mês e recusada três dias depois pelo conselho da Chiquita, que afirmou que ela é "inadequada" e não está nos melhores interesses dos seus acionistas.

Com a rejeição, Cutrale e Safra recorreram diretamente aos acionistas da gigante do mercado de bananas. Pediram a eles que votem contra a fusão e aceitem a sua proposta.

Pedem ainda que a reunião de acionistas da Chiquita, marcada para setembro, seja adiada, "dando mais tempo para o conselho considerar outras alternativas, inclusive a oferta de Safra e Cutrale".

DIVERSIFICAÇÃO

Com a oferta pela Chiquita, a Cutrale dá mais um passo rumo à diversificação, após assistir a uma queda no consumo mundial de suco de laranja nos últimos anos --a empresa detém 40% do mercado global.

A demanda nos 40 principais países consumidores caiu 11% de 2003 a 2013, para 2,1 milhões de toneladas equivalentes de suco concentrado e congelado, segundo o centro de pesquisa Markerstrat.

A maior parte da receita da Chiquita vem das bananas, mas cerca de um terço tem origem em venda de abacaxis, de saladas frescas e embaladas e de "snacks" com apelo saudável, entre outros.

CHIQUITA/2013
FATURAMENTO US$ 3,1 bilhões
EBITDA US$ 118 milhões
NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS 20 mil
DÍVIDA TOTAL US$ 632 milhões
PRINCIPAIS CONCORRENTES Fresh Del Monte Produce, Dole Food Company e Fyffes


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