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BC vê alta de 1,5% na atividade em julho

Dado, medido pelo IBC-Br, foi o melhor resultado mensal desde junho de 2008, quando a expansão foi de 3,3%

Para economistas, houve ajuste diante do forte recuo registrado nos meses anteriores, mas não recuperação

RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA

Após dois meses consecutivos de queda, o indicador de atividade econômica do Banco Central cresceu 1,5% em julho sobre o mês anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (12).

Trata-se do melhor resultado mensal em seis anos. Até o mês passado, o desempenho mais robusto fora registrado em junho de 2008, quando a expansão foi de 3,3%, antes da eclosão da crise financeira mundial.

A variação negativa do PIB (Produto Interno Bruto) nos dois primeiros trimestres do ano fez com que a economia brasileira entrasse em recessão técnica em 2014.

O resultado de julho do indicador do Banco Central já era esperado por economistas, diante da expansão de 0,7% da produção industrial no mês passado e da alta de 0,8% nas vendas do comércio varejista.

Economistas afirmam, contudo, que o resultado do indicador do BC pode não significar recuperação na economia, mas apenas um ajuste diante forte recuo registrado nos meses anteriores.

"Não podemos falar em recuperação da atividade ainda. Pelos indicadores que já saíram, como venda de papel ondulado e produção de veículos, agosto será um mês ruim para a indústria", afirma Leandro Padulla, economista da MCM consultores.

Segundo ele, a instituição mantém a previsão de crescimento de apenas 0,3% na economia neste ano. O último relatório Focus, que reflete a média das estimativas de analistas de mercado, divulgado pelo BC estima alta de 0,48% no PIB em 2014.

"Acho muito difícil uma revisão para cima. Somente se tivermos uma surpresa muito grande em agosto e setembro. Mas não vemos nada que possa puxar o PIB [de forma significativa]", afirma.

O maior número de dias úteis em comparação ao período anterior, a continuidade do aumento da produção de petróleo pela Petrobras e crescimento no setor agropecuário poderão contribuir para o aumento da atividade nos próximos meses, garantindo o resultado positivo no ano, segundo o Credit Suisse.

O banco aposta, contudo, num avanço tímido na economia este ano. "Continuamos a pensar que o crescimento do PIB será baixo nos próximos trimestres", afirma a instituição em relatório.

O índice do BC costuma ser visto por analistas como um termômetro para o desempenho do PIB (Produto Interno Bruto), medido pelo IBGE.

O governo discorda da interpretação, já que as metodologias usadas pela autoridade monetária e pelo instituto são diferentes (leia mais no texto abaixo).

Na comparação com julho de 2013, o IBC-Br recuou 0,23% e acumula alta de 1,14% em 12 meses.

Para Luiz Otávio de Souza Leal, economista-chefe do Banco ABC Brasil, os dados do BC reforçaram as projeções da instituição de manutenção dos juros em 11%, pelo menos até o final do ano, e de um crescimento de 0,3% do PIB em 2014.


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