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Análise

Índice é ferramenta do Banco Central para tentar antecipar ritmo econômico

MARCELO D'AGOSTO ESPECIAL PARA A FOLHA

O período eleitoral começou com a economia brasileira em um momento ruim. O histórico recente é de inflação alta e crescimento baixo.

Nesse ambiente de debates sobre o acerto da atual política econômica, o Banco Central divulgou o IBC-Br, que mostrou crescimento do país de 1,5% em julho e de 1,14% no período de 12 meses.

O BC trabalha com uma bateria de dados para monitorar a economia e calibrar taxas de juros, cotação do dólar e volume de crédito bancário, entre outros, de tal forma que o país cresça sem pressionar a inflação.

Fazem parte da rotina da autoridade monetária as intervenções nos negócios interbancários para regular os recursos à disposição das instituições financeiras.

Também há necessidade de acompanhar o fluxo de transações internacionais para evitar oscilações bruscas no câmbio.

E uma vez a cada 45 dias ocorre a reunião do Comitê de Política Monetária para definir a taxa Selic. Nesses encontros, os números da economia são detalhadamente analisados e elaborados possíveis cenários para o futuro.

O grande problema que os técnicos do BC enfrentam é a impossibilidade de reunir todas as informações relevantes no momento em que as decisões devem ser tomadas.

Os indicadores econômicos são sempre defasados, pois há um intervalo de tempo entre a coleta dos dados e o processamento estatístico.

Um complicador adicional é que o Brasil é um país muito grande, com alguns centros regionais especializados em determinadas atividades.

Para suprir essa lacuna, o BC desenvolveu indicadores para monitorar mais rapidamente o que acontece nas diferentes regiões do país. Com o tempo esses índices foram reunidos sob o IBC-Br, de abrangência nacional.

O objetivo do IBC-Br é identificar a temperatura da economia e antecipar o fechamento dos indicadores mais amplos, tais como o PIB e o nível da produção industrial.

Simplificadamente, é possível uma analogia com o trabalho de institutos de pesquisa ao tentarem prever resultados de eleições.

A conclusão é que o crescimento mensal do IBC-Br é uma boa notícia.

Mas, assim como nas pesquisas de intenção de voto, é preciso acompanhar a evolução do indicador durante mais alguns períodos antes de cravar que a economia brasileira voltou a crescer de forma consistente e sustentável.


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