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'Prévia da inflação' sobe no mês e supera meta em 12 meses

IPCA-15 passou de 0,14% em agosto para 0,39% em setembro, com influência de alimentos e transporte

Apesar de taxa em 12 meses estar em 6,62%, consultorias preveem que índice ficará abaixo de 6,5%, teto da meta

PEDRO SOARES DO RIO

A pouco mais de duas semanas das eleições, a fase de tranquilidade da inflação ficou para trás. O IPCA-15, prévia do índice oficial do país, ficou em 0,39% em setembro, 0,25 ponto percentual acima da taxa de 0,14% de agosto.

Os dados foram divulgados pelo IBGE na manhã desta sexta-feira (19).

Com a aceleração da inflação, a taxa em 12 meses voltou a subir e estoura o teto da meta de 6,5% neste ano. Pelos dados, o indicador de longo prazo ficou em 6,62% até setembro, superior aos 6,49% do IPCA-15 de agosto.

De janeiro a setembro, o índice acumula variação de 4,72%, superior à taxa de 3,97% registrada no mesmo de período de 2013.

O índice de setembro veio acima do esperado pelo mercado e marcou o fim do período de queda dos preços dos alimentos, em deflação nos últimos meses.

Segundo a Bloomberg, a previsão média de analistas era de variação de 0,34%.

Apesar da piora do cenário, porém, o mercado ainda espera, ao final do ano, um índice pouco abaixo do teto da meta.

ALIMENTOS

"O destaque [de setembro] fica a cargo do fim do efeito deflacionário do grupo alimentação [de -0,32% para 0,28%], haja vista a elevação de carnes e alimentação fora do domicílio", diz a consultoria Rosenberg e Associados.

Apesar da retomada dos preços dos alimentos e do fim da queda da gasolina (de uma deflação de 0,25% em agosto para uma alta de 0,15% no mês passado), a consultoria espera um IPCA fechado neste ano de 6,3%.

A fase de deflação e o fim do período de impacto da Copa do Mundo sobre os preços dos serviços, afirma a Rosenberg, ajudaram a manter a inflação dentro da meta.

O IPCA-15 de setembro também superou a projeção da LCA, embora a consultoria tenha acertado ao prever o fim da deflação dos alimentos e as altas de transportes, vestuário e despesas pessoais.

A consultoria prevê também que o IPCA fique pouco abaixo do teto da meta do governo.

Elson Teles, economista do Itaú, diz que, "com base nos dados do IPCA-15 e de outras informações", a projeção para o IPCA de setembro foi ajustada para cima. Passou de 0,37% para 0,47%.

Com isso, a taxa em 12 meses subiria para 6,64%.

Para o ano de 2014, o banco elevou sua estimativa de 6,3% para 6,4%, ou seja, ainda mais perto do teto da meta oficial de inflação.


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