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Fundos são opção para aplicar no exterior

É preciso antes analisar regulamento e prospecto do produto, que têm informações sobre a política de investimento

Fundos multimercado, de renda fixa e de ações, que podem ter ativos no exterior, são alternativa para diversificar risco

DANIELLE BRANT DE SÃO PAULO

O pequeno investidor que quiser aplicar em fundos com parte da carteira em ativos no exterior terá de pesquisar bastante, pois há poucas opções no mercado.

A maior parte desse tipo de aplicação é destinada a quem possui mais de R$ 300 mil em investimentos.

Dos seis principais bancos do país --Banco do Brasil, Santander Brasil, Bradesco, HSBC, Caixa Econômica Federal e Itaú Unibanco--, apenas Santander, HSBC e Bradesco têm opções acessíveis a quem tem menos de R$ 300 mil em investimentos.

São fundos multimercado, ou seja, mesclam investimentos em ativos como câmbio, ações e renda fixa. De acordo com normas da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), eles podem investir até 20% em ativos no exterior.

A CVM permite ainda que fundos de renda fixa ou de ações tenham até 10% de exposição no exterior. Ambos podem ser oferecidos a qualquer investidor. Um terceiro tipo, chamado dívida externa, só pode ter investidores com mais de R$ 1 milhão aplicados, pois pode ter até 100% de exposição ao exterior.

DIVERSIFICAÇÃO

Para quem tem outras aplicações e quer diversificar o risco, investir nesses fundos pode ser uma boa alternativa, afirmam especialistas.

"Esse investimento deve ser analisado sob diferentes óticas, do ponto de vista da diversificação do portfólio, da exposição do cliente a moedas estrangeiras, da conjuntura global na qual você dilui o risco da carteira", afirma Rudolf Gschliffner, superintendente de private banking do Santander.

Mas é preciso cautela, diz Marcelo Varejão, analista-chefe da corretora Socopa. "É complicado para o investidor que não está acostumado nem com o mercado doméstico se deparar com um produto do mercado externo."

Para o planejador financeiro Giuliano De Marchi, o investimento no exterior faz sentido do ponto de vista de oportunidades. "O Brasil representa 2% da renda fixa mundial. Isso significa que 98% das oportunidades de renda fixa estão fora do país. Manter todo o recurso em ativos locais não diversifica o risco do brasileiro", diz.

Antes de escolher o fundo, o investidor deve analisar o regulamento e o prospecto do produto, que contêm informações sobre a política de investimento --ou seja, onde aplicará os recursos--, taxas e riscos.

Se for um fundo que investe em ações de empresas no exterior, vale a pena estudar os últimos resultados e as perspectivas para a companhia e para o setor a que ela pertence. O mesmo vale para aqueles que aplicam em cotas de fundos no exterior.


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