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Empresário encontra investidor pela internet

Novas redes sociais, especializadas, permitem aporte on-line em start-up

Contato pela internet, porém, pode reduzir a capacidade do investidor de atuar como mentor do novo empreendimento

FILIPE OLIVEIRA DE SÃO PAULO

Estão surgindo várias ferramentas virtuais que permitem a conexão entre quem começa um novo negócio e potenciais investidores.

Os tipos de plataformas usados são variados: de modelos próximos aos de redes sociais até ferramentas que, além de disponibilizar currículos e permitir a troca de mensagens, fazem a transferência do dinheiro on-line.

Nesta última categoria estão novos modelos de investimento, como o "equity crowdfunding" (espécie de "vaquinha" em que vários investidores compram pequenas partes da empresa) ou o "sindicate", em que um aporte coletivo é liderado por um investidor experiente.

Antonio Botelho, presidente do conselho diretor da Gávea Angels (grupo que reúne investidores individuais do Rio de Janeiro), diz acreditar que essas plataformas têm um papel democratizante, ao permitir investimentos de valores menores.

Por outro lado, segundo Botelho, esse tipo de investimento não oferece ao empreendedor o mesmo tipo de troca de experiência e contato com investidores que uma relação pessoal possibilita.

REDE SOCIAL

A ABStartups (Associação Brasileira de Startups) foi uma das primeiras a ter uma ferramenta do gênero, a Startup Base.

Criada há quatro anos, ela funciona como um banco de dados atualizado de investidores e start-ups (empresas iniciantes de base tecnológica). Deve ser reformulada em novembro para ficar mais parecida com uma rede social, diz Guilherme Junqueira, presidente da associação.

Seguindo a mesma tendência, a agência digital portuguesa Sales Engine lançou a rede social wePinch no Brasil em setembro, prometendo aos empreendedores também ajudá-los a encontrar sócios e funcionários.

A empresa Descomplica, de aulas preparatórias para vestibular pela internet, foi uma das que conseguiram recursos de investidores a partir de uma plataforma na internet, a norte-americana AngelList.

Marco Fisbhen, 35, fundador da empresa, conta que os recursos vieram para complementar uma captação de US$ 5 milhões e que incluiu investidores fora da internet (ele não revela quanto foi captado on-line). O investimento foi feito na modalidade "sindicate" e foi liderado pelo norte-americano Lee Jacobs.

Fisbhen diz que esse tipo de captação ainda não é simples para qualquer companhia: "Já tínhamos um relacionamento com Jacobs, que nos indicou a plataforma para trazermos mais investidores com ele. Não dá para se ter a ilusão de que se vai colocar a empresa no site e virão milhões de pessoas investir em você."

No Brasil, investimentos na modalidade "sindicate" são testados há dois meses pela Fundacity, de Minas Gerais. Foram feitos até agora dois negócios do tipo, diz Miklos Grof, 28, presidente da empresa.

A Start me Up e a Broota tentam viabilizar as "vaquinhas" on-line. A primeira deve começar a disponibilizar perfis de empresas que estão captando recursos em três meses, segundo Fábio Silva, 32, fundador da companhia. A segunda fez sua primeira captação em junho. Foram R$ 200 mil de 28 investidores.


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