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Apoio no Congresso é maior fator de risco

Base de sustentação é vista como fundamental para equilibrar contas

Nos cenários traçados, economistas partem do pressuposto de que país só crescerá se houver medidas ortodoxas

DE SÃO PAULO

Ao lado dos muitos cenários para a próxima gestão presidencial há uma certeza entre os economistas ouvidos pela Folha: 2015 terá crescimento próximo de zero, inflação ao redor do teto da meta (de 6,5%), desemprego crescente e dólar mais caro.

As principais dúvidas são sobre o que esperar de 2016. Nas análises ouvidas pelo jornal, os economistas partem de um pressuposto consensual: o de que o país só voltará a crescer de forma sustentável se seguir uma política econômica ortodoxa.

Na prática, isso significa cortar gastos, abrir mão de manobras contábeis para fechar as contas, usar juros contra a inflação, deixar o dólar flutuar e não intervir na economia para que os preços relativos voltem a seus lugares, entre outros aspectos.

São ações diferentes das adotadas pelo governo Dilma, principalmente a partir do segundo ano de mandato.

Por isso, o melhor cenário construído para a reeleição da presidente prevê ajustes na atual política econômica --a campanha petista tem prometido mudanças, entre elas a saída do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Por outro lado, o governo tem declarado com frequência que a política atual está correta, atribuindo à crise global e ao mau humor dos empresários a culpa pelo crescimento anêmico do país.

Essas sinalizações justificam cenários que contemplam uma chance considerável de que Dilma, premida por uma queda maior da atividade econômica, intensifique medidas que patrocinou em seu primeiro mandato. Entre elas, aumento de gastos, controle de tarifas públicas e incentivo ao consumo.

É A POLÍTICA, ESTÚPIDO

Já Marina Silva tem feito uma campanha baseada justamente em prescrições ortodoxas para a economia: um Banco Central com autonomia para elevar juros e conter a inflação e a intenção declarada de conter gastos para cumprir a meta de economia destinada a pagar juros da dívida pública.

No campo econômico, as principais incógnitas da candidata pessebista dizem respeito à infraestrutura (principalmente energia elétrica) e ao agronegócio --em que medida o crescimento nessas áreas seria devidamente estimulado ou tolhido por preocupações ambientais.

Mas o que realmente afeta as previsões é a capacidade de Marina para construir uma coalizão em torno de seu governo. Tentar negociar "no varejo", sem uma base de apoio no Legislativo, ultrapassa a dificuldade para aprovar projetos de interesse do futuro governo, avaliam alguns economistas.

O risco é que o governo fique impotente para barrar a aprovação de medidas populistas, como o fim do fator previdenciário ou aumentos de benefícios, que elevariam os gastos públicos e arruinariam os planos de Marina de equilibrar as contas públicas.


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