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Jornais já preparam noticiário específico para smartphones
Em seminário, empresas discutem formas de atender a leitor que procura notícias 24h/dia
Cobrança por conteúdo se afirma como modelo de negócios e Redações se adaptam para criar uma nova abordagem
Diante da rápida proliferação de celulares com internet, desenvolver conteúdo específico se transformou no próximo passo para as empresas jornalísticas.
"Estamos neste momento discutindo a estratégia para desenvolver um produto específico para o mobile", disse Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha, em seminário internacional da Inma (Internacional News Media Association), que começou nesta quarta (1º), em São Paulo.
Dividindo o palco com diretores e editores-executivos do "Estado de S. Paulo", da "Infoglobo" e da "Zero Hora", Dávila disse, contudo, que persiste nas Redações uma cultura voltada para a home page do PC, que vem perdendo audiência no mundo todo.
Segundo o diretor de desenvolvimento editorial do "Estado de S. Paulo", Roberto Gazzi, a audiência do jornal nas plataformas móveis dobrou nos últimos 12 meses e chega a 37% do total.
No jornal "O Globo" a audiência nas plataformas móveis, segundo o editor-executivo Ascânio Seleme, é de 25%, sendo que 18% dos leitores acessam pelo celular.
Marta Gleich, da "Zero Hora", disse que o jornal não tem conseguido acompanhar o ritmo da penetração dos celulares na vida dos brasileiros.
No seminário, os executivos mostraram como as Redações mudaram para atender as demandas de um leitor que consome notícias o dia todo, em diferentes plataformas. Hoje elas funcionam noite e dia, seguindo o ritmo da audiência digital.
