Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Empresas investem em novos planos de remuneração variável

Oferecer bônus ou ações da companhia aumenta comprometimento, mas exige transparência

Para presentear funcionários com 'stock options', negócio precisa ter estrutura de sociedade anônima

REINALDO CHAVES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Pequenas empresas estão adotando meios diferentes do tradicional PLR (Participação nos Lucros e Resultados) para oferecer remuneração variável aos funcionários.

Entretanto, esse tipo de estratégia exige que a companhia esteja preparada para revelar dados sobre o negócio aos profissionais.

A Cazamba, empresa de customização de publicidade on-line com 12 funcionários, criou uma política de bônus mensal. O pagamento é em dinheiro (até um salário a mais).

O presidente-executivo Stefan Schimenes, 28, explica que foram criadas metas para cada funcionário e setor, como entrega de campanhas de acordo com o cliente, objetivos comerciais, desenvolvimento de produtos e manutenção do site.

"Foi algo discutido em reuniões com todos para aprovação. Com isso estamos vendo mais comprometimento e mais clientes chegando. Um dos funcionários conseguiu se destacar muito e foi até convidado a virar sócio", diz.

Cássio Mattos, diretor da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos), diz que, para dar certo, esse tipo de benefício pressupõe transparência nos números.

"A companhia precisa estar preparada para mostrar alguns de seus resultados, como o faturamento ou as vendas. Os planos só dão certo quando o funcionário entende de verdade qual é sua participação", diz.

Outro tipo de remuneração variável até então pouco disseminado entre pequenas e médias companhias são as chamadas "stock options", que não são tratadas na legislação trabalhista brasileira.

Nesse sistema, a empresa permite que funcionários recebam ações da corporação.

A companhia deve ter estrutura legal de sociedade anônima e possuir um conselho de administração, que fará um plano de outorga e escolherá o beneficiado.

Com a compra, o profissional passa a fazer parte do contrato social e seu contrato de trabalho fica suspenso, já que ele passa a ser sócio.

O shopping virtual MuccaShop, que reúne cerca de 300 lojas de moda, vestuário e acessórios, começou a utilizar esse sistema há cerca de um ano para seus 15 funcionários. As ações têm um valor baseado no valor da empresa, que é calculado multiplicando o faturamento por dois. A companhia foi dividida em 1 milhão de ações e, se os funcionários atingem as metas, ganham um certo número de papéis.

O funcionário não pode vender as ações para terceiros. Se sair da empresa, será obrigado a vendê-las para os sócios no valor do momento.

"É uma forma de fazer eles se sentirem donos do negócio e de cobrar mais facilmente as metas. Já atingimos 1 milhão de acessos por mês após esse comprometimento maior", destaca Carlos Fertonani, 36, sócio-fundador da loja virtual.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página