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Nem só do índice Ibovespa vive a Bolsa de São Paulo

Indicador, normalmente usado em notícias sobre desempenho de ações, é um dos 23 existentes hoje

Instrumentos servem para comparar uma ação com as de um grupo com características semelhantes

ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

"A Bolsa subiu", "a Bolsa caiu." Ao ler tais notícias, as pessoas podem achar que todas as ações negociadas seguiram a direção apontada. Mas em geral elas se referem ao principal índice do mercado acionário em questão.

No caso do Brasil, esse índice é o Ibovespa. Um índice é um valor absoluto que representa uma carteira de ações e mede o comportamento dos preços desses papéis ao longo do tempo. O Ibovespa mede a movimentação das ações mais negociadas na BM&FBovespa.

"A principal função de um índice é servir de instrumento de comparação", diz o professor e doutor em economia Elisson de Andrade, que chama a atenção para o fato de que o índice não traduz o desempenho real de todos os papéis compilados.

Por exemplo, quando dizemos que a Bolsa subiu, isso não significa que todas as ações subiram, mas, sim, que a maioria dos papéis do Ibovespa -- ou os de maior peso-- tiveram alta.

Existem 23 índices na BM&FBovespa, com critérios específicos, para refletir um determinado setor ou segmento. Vários deles norteiam investimentos de fundos (saiba mais na pág. B4).

"O ideal é que a distribuição de pesos entre os ativos também não seja muito desproporcional, para que o indicador não fique muito embasado em poucos papéis", diz Filipe Machado, analista da Geral Investimentos.

Os chamados índices amplos são os principais da Bolsa. Eles compilam o desempenho de empresas de diferentes setores levando em conta, principalmente, o número de negócios e o volume financeiro dos papéis.

SETORES

Há também os índices setoriais: o IEE, de energia elétrica, o INDX, do setor industrial, o Icon, de consumo, o Imob, imobiliário, o IFNC, do setor financeiro, o Imat, de materiais básicos --como mineração e aço--, e o Util, de utilidade pública, como energia e saneamento.

"Esses indicadores são importantes para quem quer comparar o desempenho de uma companhia com a média das empresas do mesmo setor", diz Machado.

"Mas essa comparação é apenas uma das ferramentas que o investidor tem que usar. O mais importante é avaliar fatores como a saúde financeira e operacional da empresa, o nível de remuneração aos acionistas etc."

E por que tantos índices? "Cada público tem seu interesse diferente", diz Geraldo Soares, presidente do conselho do Ibri (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores). Segundo ele, estar em um índice também faz a ação entrar num círculo virtuoso. "Muitos fundos acompanham índices e, se a ação está em algum deles, aumenta liquidez do papel", afirma.

A liquidez é a facilidade para negociar uma ação. Ela é importante porque operar com ações mais líquidas possibilita que negociar os papéis quando quiser, sem depender de ofertas de compra e venda mais raras.


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