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Notas novas de real não são "engolidas" por 10% das máquinas automáticas

Problema é maior dentro de empresas; executivos do setor dizem que importar software atualizado demora até 120 dias

PAMELLA VASCONCELOS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA MARCELO SALTON DE SÃO PAULO

As notas da segunda família do real --como aquelas cédulas de R$ 2 e R$ 5 menorzinhas-- já são 65,1% do total em circulação no país.

Mas cerca de um décimo das máquinas automáticas de venda de lanches e bebidas ainda não foi atualizada para aceitá-las.

O presidente da ABVA (Associação Brasileira de Vendas Automáticas), Pedro Zanella, estima que existem cerca de 100 mil máquinas no país. Deste total, ele acredita que 90% têm capacidade para aceitar cédulas novas. "É só uma questão de atualizar o firmware [sistema de configuração] de cada máquina."

De acordo com Zanella, esse processo custa entre R$ 90 e R$ 120 por unidade e demora 15 minutos, o suficiente para um técnico abrir e programar o equipamento.

Empresários do setor afirmam que o software necessário para a atualização vem do exterior.

"A maioria das máquinas no país é importada e cada atualização demora de 30 dias a 120 dias para chegar no Brasil", diz Fábio Bueno, executivo da 24X7, franquia que comercializa livros no metrô de São Paulo.

O esforço, ele revela, é vantajoso. "Quanto mais meios de pagamentos, mais resultado se vai ter."

"No fim das contas, tudo depende da prioridade de cada empresa", afirma o presidente da ABVA. Ele destaca que áreas de grande circulação, como estações de metrô, já contam apenas com máquinas atualizadas. "Mas, em ambientes fechados, ainda há muitas que só aceitam cédulas antigas", afirma.

DIFICULDADES

Quem não se adapta acaba causando transtornos aos consumidores. A comunicóloga Renata Vieira trabalha em uma empresa em que as "vending machines" --jargão pelo qual são conhecidas as máquinas de venda automática no setor-- só aceitam as cédulas antigas.

Segundo ela, o equipamento é uma opção para os dias em que está ocupada, mas diversas vezes se viu obrigada a desistir por só ter notas novas no bolso.

"Às vezes não tenho tempo de comer e preciso de uma alternativa rápida, mas prefiro ir ao refeitório em vez de retirar mais dinheiro", conta.

A Tok Take possui máquinas de alimentos espalhadas por oito capitais do país. A empresa diz que encerrou o processo de atualização em em outubro de 2013.

Entretanto, a reportagem encontrou equipamentos que só aceitavam cédulas da primeira família de real em meados deste ano. Confrontado com a informação, o presidente Gustavo Salomão assegurou que iria verificar.


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